Estudos e Simulações

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Olá amigos!

Meu nome é Rodrigo, tenho 27 anos, sou formado em Engenharia Elétrica porém atualmente trabalho como piloto em uma companhia aérea nacional. Acabei tomando um caminho diferente da minha formação acadêmica, seguindo a paixão que tenho pela aviação desde minha infância.

Há cerca de 2 anos, comecei a me interessar por tudo que fosse ligado ao mercado financeiro e a investimentos. Dentre as inúmeras modalidades que englobam este mundo dos investimentos, eu particularmente me interessei fortemente no mercado acionário e no de fundos imobiliários, utilizando a análise fundamentalista e seguindo os conceitos e ensinamentos do “Investimento em Valor”, sempre visando o longo prazo.

No “Buy & Hold”, utilizando os conceitos citados anteriormente, encontrei uma estratégia que me pareceu ser bastante sólida e a partir daí minha curiosidade me fez procurar exemplos que de certa forma pudessem comprovar ou pelo menos mostrar que tal estratégia havia gerado bons resultados no passado. A partir daí, surgiu a idéia de fazer simulações de investimentos utilizando estes conceitos.

Exemplos de “Buy & Hold”, com investimentos de longo prazo no mercado acionário , tanto reais quanto simulações, são muito difíceis de serem achados na Rede. Um dos pioneiros na simulação desta modalidade é o colega de blog “Além da Poupança”, que me inspirou fortemente na empreitada para começar os trabalhos.

Iniciei meus estudos e minhas simulações verificando os resultados para empresas individuais, casos estes que seriam um pouco utópicos para um investidor, dado o grande risco envolvido em uma estratégia “All in”. Não satisfeito com isso, iniciei a programação para realizar simulações com ações múltiplas, simulando uma carteira de investimento. O trabalho foi grande, mas a curiosidade e a vontade de verificar como teria sido um investimento desse tipo no passado falaram mais alto. E mais, a partir dessas simulações, também tento obter conclusões que possam me ajudar na tomada de decisões nos investimentos, utilizando diversos métodos de compra dos papéis, reinvestimento de proventos, escolha por perfis de empresas, etc, mas claro, sempre tendo em mente que o desempenho passado não é garantia de futuro. Há de se saber filtrar as informações.

Todos os dados históricos utilizados para a realização das simulações são obtidos da Bovespa e correspondem aos eventos ( cotações, bonificações, distribuições de proventos, desdobramentos, etc) tais quais se deram à época.

Finalmente, espero que este espaço sirva de embasamento e inspiração e mostre aos investidores e aspirantes a investidores que é possível ter sucesso no mercado acionário no longo prazo, empregando técnicas relativamente simples na aplicação, mas que são baseadas em fundamentos sólidos e em duas coisas que acredito fielmente: no “Valor” e na incrível força do juros compostos.

101 comentários em “Estudos e Simulações”

  1. Gosto de fazer continhas. Comprei 1 imóvel (físico) – uma agência da C.E.F- Há 12 anos.
    Valorização anual (valor de mercado + aluguéis recebidos): 24,8 % ao ano.
    Se fosse um F.I. o resultado teia sido semelhante.
    Resultado próximo do obtido pelo Rodrigo.

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  2. Olá pessoal!

    Finalmente consegui um tempo para terminar minha simulação com FIIs. Então, abaixo, eu trago uma simulação de uma carteira de FIIs obtida através de aportes mensais e utilizando o método de compra “Menor Delta Proporção”, que foi explicado no estudo anterior a respeito dos métodos de aporte. Segue a definição do método de compra “Menor Delta Proporção”:

    “Método “MENOR DELTA PROPORÇÃO”. Neste método, é comprada a Ação/FII que está mais distante da meta. Isto é, a que possui maior diferença em relação à meta percentual estabelecida para o ativo na carteira .”

    Nesta simulação mostrarei também um comparativo com a carteira de ações utilizada no primeiro estudo, com um investimento hipotético corrigido pela taxa SELIC ( simulando portanto um investimento em Renda Fixa) e também a correção dos aportes pelo índice IPCA, a fim de confrontar o resultado com a inflação.

    Uma grande dificuldade que encontrei neste estudo foi quando da escolha dos FIIs, visto que a maioria dos fundos é recente. Como minhas simulações objetivam sempre o longo prazo, fui obrigado a escolher alguns fundos mais antigos no mercado. Também me preocupei em escolher fundos que não tivessem nenhum grande “pepino” ou “rolo” ao longo do tempo ( ou pelo menos que eu tenha conhecimento, já que meu acompanhamento dos FIIs tem pouco mais de 1 ano). Escolhi somente fundos de tijolo. Com essas restrições, escolhi 6 fundos e o período que eu consegui simular foi de 9 anos, 2005 a 2013.

    Os FII escolhidos foram os seguintes (parte das descrições tiradas do site de Tetzner de FIIs):

    BBFI11B: O BB Fundo de Investimento Imobiliário Progressivo possui dois prédios alugados ao Banco do Brasil. Como pode ser visto no fórum deste fundo na página de FIIs, o BB informou que não vai renovar o aluguel de um dos prédios do fundo. Estaria aí um problema para o investidor, mas que é posterior ao período da simulação.

    FAMB11B: O Fundo Edifício Almirante Barroso possui 100% do Edifício Almirante Barroso, locado para os escritórios administrativos da Caixa Econômica Federal e mais duas agências bancárias.

    FFCI11: O fundo Rio Bravo Renda Corporativa é um fundo multi-endereço que possui lajes comerciais situadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

    FLMA11: O Fundo de Investimento Imobiliário Continental Square Faria Lima Teve início de operações em Abril/04 e os tivos do fundo são: 18 conjuntos da Torre Comercial do Continental Square, em 4 andares e meio, alugados isoladamente, e 75% do Hotel Caesar Park.

    SHPH11: O fundo Shopping Pátio Higienópolis possui 25% do Shopping Pátio Higienópolis, localizado em São Paulo.

    TRNT11B: O Fundo Torre Norte possui 100% da Torre Norte (SP) do Centro Empresarial Nações Unidas e participação na sua gestão patrimonial, voltada a locações de escritórios de alto padrão. Está situado no município de São Paulo, entre as avenidas Nações Unidas e Luís Carlos Berrini, com entrada principal pela avenida Berrini, atualmente uma das regiões mais valorizadas da capital paulista.

    Apenas reiterando, como explicado acima, a escolha de FIIs foi bastante prejudicada dada minha preferência por simular um prazo maior. Porém, não vejo nenhum grande problema nos FIIs escolhidos ( Que eu saiba. Aos amigos mais experientes, favor comentar caso haja algo) . Não foi tentada nenhuma divisão especial entre os diferentes tipos de Fundos de Tijolo e as proporções meta são iguais para todos os fundos ( =~16,67% para cada FII).

    -A carteira de ações é a mesma da primeira simulação, formada pelos seguintes ativos:
    ABEV3, BBAS3 , CCRO3 , CEMIG3 , ETER3, SBSP3. É, portanto, uma carteira que possui empresas de dividendos e de crescimento. As proporções meta são as mesmas para os ativos ( =~16,67% para cada Ação).

    -Os aportes utilizados na simulação iniciaram-se em R$1500. A cada ano recebiam aumento de 5%. Ao final da simulação, o aporte era de R$2216,18 e o total aportado, ao longo dos 9 anos, foi de R$ 198.478,16.

    -Todos os proventos recebidos foram reinvestidos no mês subsequente ao recebimento e as compras eram realizadas uma vez ao mês. Apenas um ativo era comprado por mês, utilizando-se o método “MENOR DELTA PROPORÇÃO” para a escolha.

    -Foram considerados custos de corretagem iniciando em R$2,00 por compra e de custódia mensal de R$10,00 ao mês. Esses valores receberam reajuste de 5% ao ano.

    -A simulação da correção da inflação foi realizada através da correção mensal dos aportes com o índice IPCA. Portanto, logicamente, a correção da inflação “sentida” pelos aportes é menor do que o IPCA calculado de 2005 a 2013.

    -Todos os dados foram obtidos das séries históricas de cotações não corrigidas para proventos e proventos históricos disponibilizados pela BOVESPA. Juros sobre Capital Próprio são considerados com retenção de 15% de IR.

    Seguem os gráficos:

    1-Gráfico da evolução do Patrimônio dos FIIs, Ações, do investimento hipotético corrigido pela SELIC e dos aportes corrigidos pelo índice IPCA:

    2- Gráfico do Patrimônio ao final da simulação, em Dezembro de 2013. É mostrada também a soma dos aportes e os aportes corrigidos pela inflação.

    3- Gráfico da evolução dos Proventos mensais dos Ações e FIIs:

    É possível notar a característica das distribuições regulares por parte dos FIIs e irregulares por parte das Ações.

    4- Gráfico da evolução dos Proventos Anuais dos FIIs e Ações:

    5 – Gráfico dos Proventos Anuais ao final da simulação, em Dezembro de 2013:

    O valor da renda passiva dividida por 12, “mensalizada”, para os FIIs foi de R$ 3.807,61, representando 171,81% do aporte mensal ao final da simulação. O das ações foi de R$ 2.049,99, representando 92,50%.

    6 – Gráfico da evolução dos Proventos Anuais dos FIIs:

    7 – Gráfico da evolução dos Proventos Anuais das Ações:

    A TIR ao ano dos investimentos foi a seguinte:

    FIIs : 12,2142% a.a.
    Ações: 10,5494% a.a.
    SELIC: 5,0137% a.a.

    A TIR considera o rendimento que teria sido obtido ao investir o total dos aportes no início da simulação, e neste caso representa a taxa média composta anual.
    Não foi considerada nenhuma incidência de Imposto de Renda sobre os investimentos, nem de possíveis taxas de administração, no caso da simulação de Renda Fixa.
    Alguns podem ser perguntar como se obteve uma TIR até mesmo inferior à poupança na simulação com a SELIC e a resposta é a mesma do caso da inflação: a SELIC vai se aplicando progressivamente no somatório dos aportes e, portanto, o rendimento não é o mesmo que seria encontrado se já investíssemos o somatório dos aportes em Janeiro de 2005 e calculássemos em Dezembro de 2013.

    O Yield anual em relação à soma dos aportes, isto é, o rendimento anual em relação ao que saiu do bolso do investidor, foi de 23,02% a.a. para os FIIs e 12,39% a.a para as Ações ao final da simulação.

    Acho que é isso pessoal! Espero que gostem e sintam-se à vontade para fazer suas análises, críticas e sugestões.
    Gostaria apenas de lembrar que essa simulação representa apenas um dos infinitos caminhos possíveis que um investidor poderia ter seguido ao longo do tempo. Os resultados devem ser analisados com critério e deve-se ter em mente que rentabilidades passadas não garantem o mesmo desempenho no futuro. No entanto, acredito que o passado nos traz interessantes informações que podem ser utilizadas para decisões futuras, sempre em conjunto com outros conhecimentos. E fica também o incentivo aos que prezam pela responsabilidade e educação financeira, mostrando que é possível obter excelentes resultados no longo prazo.

    Um abraço a todos!!

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    1. MUITO MUITO MUITO BOM!

      Só uma observação: no grafico de proventos por ações está repetindo o grafico de FII.

      Quanto a simulação, achei alguns pontos interessantissimos:
      1 Com exceção da SBSP, certamente teria investido nas ações simuladas, ou seja, ainda que tivesse feito essa ótima escolha, os FII simulados voam a passos largos na frente.

      2 Se me recordo bem, estamos hoje presenciando um DY bem maior do que no lançamento dos FII simulados, ou seja, quem entra hoje tem REAIS chances de obter um resultado ainda melhor do que na simulação, considerando os rendimentos.

      3 Ações em pleno crescimento mas que parecem não estarem andando com o mesmo folego. Sera que quando ABEV, principalmente, começar a aumentar o Payout o resultado do tão esperado “dividendos de LP” chegarão e mostrarão que essa realmente é uma opção melhor?

      Sem querer abusar, mas pensemos: será que os FII x Ações de dividendos teriam um resultado parecido? Sempre tive essa duvida.

      Mais uma simulação para guardar e colocar em um quadro. GENIAL!

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    2. Parabéns Rodrigo pelo estudo.
      Acho sempre interessante procurarmos não criarmo um viés a favor dos FIIs, pois apesar dos dados mostrarem sua vantagem neste período, temos que estar sempre atentos a ciclicidade dos mercados, e o período para o mercado acionário não foi o dos melhores, acredito que se ampliarmos o horizonte e considerarmos um espaço de 20 ou 30 anos o mercado acionário seja mais interessante que o de fundos, e que a partir de um horizonte de 20 anos mesmo os dividendos das ações ultrapassam a dos fundos devido ao crescimento das empresas, mas para o curto prazo, no dia a dia os fundo são mais tranquilos, mas creio que devemos usar da sinergia entre os dois mercados,
      abs.

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      1. invisto em F.I. há aproximadamente 5 anos e a Rentabilidade da carteira é de 20% ao ano (valorização + yeld). Acho muito difícil, mas muito difícil mesmo, uma carteira de ações ter essa valorização.

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    3. Excelente.. Não vejo nem muito o que comentar.. Ah.. Apenas uma coisa.. Cola lá no blog de FIIs, que acredito eu, tem mais visitantes.. Esse excelente estudo precisa ser visto por mais gente.. Serve para consolidar teses de investimento.. O Baroni com certeza vai adorar..

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    4. Rodrigo, parabéns pelo estudo. Um dia farei um bem bonitinho assim! O estudo confirma as minhas perspectivas: não existe um investimento melhor ou pior, pois tudo dependerá do momento da acumulação e da disciplina do investidor. O mais importante é escolher uma boa empresa ou um bom FII que o investidor sairá vencedor. Parabéns novamente.

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      1. Excelente Rodrigo ! Seu estudo só a vem a corroborar várias conclusões pessoais e algumas discussões que acompanhei no blog de Fiis. O que gostaria de ressaltar também é o “conforto” dos dividendos em Fiis, com rendimentos mensais previsíveis, bem diferente dos dividendos em ações.

        Ações também tendem a oscilar mais ao longo do tempo, trazendo mais emoções ao investidor.

        Como investidor em dividendos, que não consegue acompanhar o mercado finaceiro diariamente e prefere ganho constante e consistente, considero os Fiis imbatíveis.

        Parabéns pela contribuição !

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    5. Rodrigo, parabéns, excelente estudo, muito bom mesmo. Tem um ponto que se tu levasse em consideração os FIIs ganhariam mais ainda. Tenho feito alguns estudos que indicam que os imóveis dobram de valor real (já desconsiderando a inflação) a cada 10 anos, logo, os aluguéis também e o rendimento também, vide FAMB11b, BBFI11 (que passa por problemas agora). Assim, acho que se o teu estudo se estender por mais uns 10 anos, os FIIs vão dar lavada.
      Um outro detalhe, estou achando mais fácil acertar com os FIIs e os erros não são tão prejudiciais como em algumas ações, assim, você pode concentrar mais.
      Abração e obrigado pelo estudo.

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      1. Rodrigo Medeiros,
        Poderia compartilhar os seus estudos com a gente? Se há uma coisa bem documentada na literatura é a tendência do real estate, ou mercado imobiliário, não gerar valorização real no longo prazo. Aliás, há muitos dados nesse sentindo, no mercado americano então há dados que voltam há mais de 120 anos.
        Portanto, seria uma grande surpresa se encontrar um crescimento anualizado de 7% real (foi isso que você disse, os imóveis dobrando de valor real a cada 10 anos), isso discreparia de dados centenários.
        Se a expectativa de retorno dos imóveis em períodos longos de tempo fossem de 7% aa, se adicionássemos o yield, estaríamos falando de retornos reais de 12/13% ao ano, e mais ainda para os FII se continuarem pagando yields de dois dígitos. Isso basicamente nem o W.Buffett conseguiu no seu impressionante histórico. Além do mais, como um princípio básico de economia, setores com margens altas, a não ser que haja alguma barreira legal ou tecnológica muito forte, atrai concorrência o que faz diminuir as margens, e a mesma coisa acontece com investimentos.
        Se houvesse alguma classe de investimentos com expectativa de retorno real de 13% anualizada no longo prazo, sem ainda apresentar volatilidade de retornos acentuadas como no mercado acionário, não tenho a menor dúvida que isso já teria atraído somas gigantescas de dinheiro, tanto no Brasil como no exterior, o que teria comprimido as margens e os retornos anualizados.
        Logo, se a tendência histórica centenária se manter, o mais provável é que os retornos dos imóveis regridam a média nos próximos 10 anos, não que mantenham o crescimento acelerado. Se o crescimento de 7% aa real se mantivesse, isso significaria que daqui 40 anos o imóvel onde eu moro valeria 10 milhões de reais (a níveis atuais), o que me parece ser algo difícil de acontecer.

        Abraço!

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    6. Olá Rodrigo! Primeiramente, não sei se é você, mas havia um piloto também que escrevia na internet e gostava de investimento em valor. Ele inclusive me indicou há um ano e pouco atrás a leitura do clássico e fenomenal livro “Margin of Safety” do Seth Klarman. Como acho que não devem ter tantos pilotos que gostam de investimento em valor, creio que pode ser você. Se sim, obrigado pela indicação, ela foi fundamental para me abrir os olhos para muitas coisas, inclusive me ajudou muito em outros tipos de negócio fora do mercado de capitais.
      O seu estudo, e aqui compartilho com a opinião dos demais, foi muito bom mesmo, meus parabéns! Apenas com análise de dados objetivos podemos tentar compreender melhor não só investimentos, mas como diversos outros assuntos da vida. Permita-me expressar uma dúvida, e algumas observações:

      a) A SELIC saiu de 18,25% em janeiro de 2005, mantendo-se bem acima de dois dígitos em todo o período de 2005 a 2014, tirante os períodos de junho de2009 a abril de 2010 e março de 2012 a novembro de 2013, onde a taxa oscilou numa média de 8/9%. Sendo assim, eu não compreendi a explicação sobre a TIR ter ficado em 5%;
      b) O período escolhido, por coincidência, coincide com o início de um dos maiores Bull Markets do mercado imobiliário brasileiro nos últimos 40/50 anos no Brasil. É difícil se ter dados homogêneos de todo o mercado, o Brasil é muito falho em estatísticas nesse setor, ao contrário de outros países, mas desde 2005 o crescimento anualizado foi algo em torno de 20% em média. Logo, um valor X em janeiro de 2005 investido em imóveis teria se transformado em 5,8X (um crescimento de mais ou menos 480% no período);
      c) Um crescimento acentuado desse, como sei que você gosta de análise de valor (se for quem estou pensando), pode ser fundamentado em várias explicações, e a maior delas seria na queda da taxa de desconto. Aliás, esses retornos seriam enormes também para as pessoas compradas em títulos de RF com altas duration desde 2005, pois os ganhos seria muito potencializados com a trajetória de queda da taxa de juros em quase 50%, títulos com duration alta teriam valorizações anualizadas muito grandes;
      d) Como, e o Seth Klarman deixa isso bem explícito no “Margin of Safety”, há uma tendência, e o que é corroborado por inúmeros estudos acadêmicos, de regressão a média em períodos de médio/longo prazo. Portanto, não parece que crescimentos reais de 10% aa, sem contar o yield, no mercado imobiliário possam ser sustentáveis no médio/longo prazo;
      e) Os FII são excelente veículos de hedge contra inflação, como os REITs o foram nas últimas décadas, bem como aparentam ter uma expectativa de retorno bem positiva no médio/longo prazo, como os REITs tiveram. Os yields atuais são bem altos, em minha opinião, e dificilmente se manterão no médio/longo prazo, caso o Brasil caminhe para o desenvolvimento. Porém, creio que não se pode ter expectativas tão altas, pois o mercado imobiliário e de FII foram extremamente atípicos nos últimos 8 anos, o primeiro com crescimento claramente insustentável da média histórica, e o segundo por estar na infância e fortalecimento (se não me engano em 2005 ainda se pagava IR de recebimento de alugueis, o que mudou em 2006);

      Compartilho contigo a ideia de investimento em valor (e isso está nitidamente relacionado com preço dos ativos, não apenas com a qualidade intrínseca deles, aliás é isso que é uma estratégia de valor) mais juros compostos, e principalmente o comprometimento de investimentos para longos períodos de tempo. O resultado costuma ser muito positivo.

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      1. Soulsurfer,

        Obrigado pelos parabéns, sou fã de suas postagens. Quanto à sua dúvida, aparentemente temos ao menos dois pilotos que gostam de investimento em valor, porque não fui eu que indiquei o livro. Hehe De qualquer forma, obrigado pela menção do livro, já o coloquei na minha lista de livros a ler.

        Quanto à sua dúvida do porquê da TIR da Selic ser muito menor que a Selic real, a explicação se dá pelo fato de nem todos aportes receberem a Selic total do período. Na verdade, apenas o primeiro aporte é que recebe a Selic total. Supondo um investimento com aportes mensais durante X meses, O segundo aporte vai ser corrigido durante X-1 meses pela Selic mensal, o terceiro aporte durante X – 2 meses, até o limite do último aporte que é corrigido apenas pela Selic mensal do último mês de investimento. Logo, o montante final é o somatório dos aportes com suas respectivas correções. Na simulação, a TIR foi ainda menor porque os primeiros aportes eram menores.
        Como exemplo prático, suponhemos um investimento que renda mensalmente 10% ( apenas para simplificar os cálculos). Vamos supor que se deseje fazer um investimento durante 5 meses.
        A taxa composta de 5 meses desse investimento é (1,1)^5 =~ 1,6105. Logo o rendimento real é de aproximadamente 61,05%

        Logo, um único aporte X resultaria ao final do investimento em um montante 1,6105X .

        Porém, se dividíssemos o aporte em parcelas de 0,2X ao mês, teríamos:
        Final do 1 mês: 0,2X . 1,1 = 0,22X
        Final do 2 mês: (0,22x + 0,2X).1,1= 0,462X
        Final do 3 mês: (0,462X + 0,2X).1,1 = 0,7282X
        Final do 4 mês: (0,7282X + 0,2X).1,1 = 1,02102X
        Final do 5 mês: (1,02102X + 0,2X).1,1 = 1,343122X

        O que resultou em um rendimento aproximado de 34,31%, bem inferior aos 61,05%.

        Daí, podemos concluir o quão importante é a fase inicial do investimento, já que é esta que compõe o montante pelo qual há a maior incidência dos juros compostos.

        Espero que tenha ficado claro!

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      2. Olá Rodrigo! Valeu pelo elogio, amigo. Só posso concluir então que a aviação produz bons investidores em valor:) O meu pai foi oficial da aeronáutica no final da década de 50 e começo da década de 60, acho bem bacana a profissão.
        Obrigado pela explicação.

        Abraço!

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    7. Intuitivamente, sempre entendi que, entre as aplicações disponíveis para os simples mortais, a melhor aplicação hoje, no Brasil, seriam os FII e,entre esses, os de tijolos (como no presente estudo).
      Ver um colega colocar isso em planilhas é o “crême de la crême”… do blog do nosso estimado Tetzner ups digo de NOSSO BLOG ….

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    8. Grande trabalho. Muito trabalho tbem. Parabéns. Meu comentário foi que você evitou aqueles fundos que deram algum pepino ou rolo influenciando o resultado final. Vamos pensar, 9 anos atrás você não sabia quais fundos dariam rolo ou não. Então uma carteira real não teria essa vantagem de tirar os perdedores com perfeiçaão. Talvez fosse melhor simplesmente pegar todos os fundos de tijolo disponíveis.
      Mas de qualquer forma dá para ter uma ideia de que no longo prazo os fundos são muito bons.

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      1. Obrigado Marcio!
        Estou pra fazer uma simulação com uma grande quantidade de FIIs, mas os fatores que dificultam são a pouca quantidade de FIIs com um prazo longo de existência e também a inexistência de um arquivo consolidado com dados dos rendimentos, o que faz necessário com que a captação seja manual e assim muito intensiva em tempo.

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    9. Parabéns pela análise, muito oportuna e de altíssima utilidade para investidores buy and hold com perspectiva de formar poupança no longo prazo com controle de risco racional no temperamental mercado da renda variável.
      Contudo, vale destacar aos mais entusiasmados com os números, que a simulação abrange um período inferior a 10 anos. Se considerarmos períodos maiores os resultados podem sofrer alterações. Tanto ações como fiis estão sujeitos a alterações em seus respectivos mercados, porém, a gama de ações escolhidas é composta por um número maior de empresas cíclicas, como as elétricas e a eternit, e as variações no patrimônio são mais abruptas, sendo amenizadas com maior probabilidade em prazos maiores de tempo.
      O mercado de FIIs atual está com valores inferiores aos das IPOs, então entrando agora as possibilidades podem ser ainda mais rentáveis, mas ambos os mercados têm seus riscos. Fiis de tijolo têm a questão do risco imobiliário, empresas tÊm mais variáveis de risco. Também, nas ações há possibilidades de diversificação maior que nos fiis, inclusive de eventuais trades especulativos e também uso de opções e aluguel como forma de remunerar carteira.
      Meu comentário não é uma crítica, longe disso, achei ótimo seu estudo como já disse, sou um inicante no mundo da renda variável, comecei a apenas 3 anos. Tenho estudado bastante, e lido muito sobre a experiência de pessoas sérias, como muitas deste excelente espaço que o Tetzner criou, visando formar uma sólida estratégia, assim como você está fazendo. Dentro do que tenho aprendido, tenho a visão de que ações e fiis são coisas totalmente diferentes, comparações de rentabilidade são sempre bem vindas, ainda mais quando tão bem embasadas como a sua, mas as duas modalidades tÊm caraterísticas de análise e possibilidades de rentabilização e realocação que tornam uma comparação mais detalhada impraticável.
      No mais, é a velha máxima: Se as duas estratégias são boas, qual escolher? Escolha as duas.

      att,

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    10. Cade vc Campeão, excelente simulação, estamos em 2020, gostaria de um novo estudo no cenário atual selic 4,5% tendencia cair mais, juros futuros baixos e economia crescendo, não sei até quando Ibov em bull market, até quando será, poderia fazer novas simulações no cenario atual!!!!

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  3. Prezados,

    Comparação. Acúmulo de patrimônio e geração de renda: ITUB3 e HGRE11.

    Tenho os dois ativos em carteira.

    Eu queria fazer a comparação com o BRCR11, mas não localizei rendimentos em 2009. Então, optei por HGRE11 que, não sendo o melhor FII, não pode ser considerado o pior. O ITUB3, por sua vez, não pode ser considerado um ativo ruim. É uma excelente empresa.

    Para mim, a comparação faz sentido, pois a minha estratégia é, primeiramente, gerar renda passiva para complemento de aposentadoria e, posteriormente, acúmulo patrimonial.

    Por óbvio, o que aconteceu no passado não significa que acontecerá no futuro. Mas, o passado pode, eventualmente, indicar como será o futuro.

    O prazo, 55 meses, pode também não ser o ideal, mas, por ausência de informações anteriores em um ou outro ativo, este foi o melhor prazo que eu consegui obter. Certamente, em períodos maiores algumas crises podem ser melhor captadas. Mas, acho que isso também não invalida a comparação.

    Também realizei a simulação a partir da poupança e do CDI entre a data de cada aporte e o mês de maio/2014.

    Conclusões pessoais, talvez óbvias para os mais experientes:

    a)      um ativo estável pode não gerar grandes ganhos. Contudo, parece ser mais resistente no longo prazo, uma vez que nesses 55 meses a cotação do ITUB3 praticamente não teve oscilação relevante. Logo, o preço de aquisição também foi irrelevante;

    b)      HGRE11 parece ser um ativo estável. Contudo, sofreu agudamente com o impacto da recente crise, pois o preço teve uma queda de 23%. Quem está se posicionando neste ativo agora e caso o ativo  e o mercado retornem aos padrões anteriores, poderá ter um relevante ganho patrimonial, pois o preço de hoje (2014) é semelhante ao praticado em 2011;

    c)       ITUB3 certamente não está classificado como um ativo para dividendos, mas isso não invalidade o exercício, pois a ideia é observar o fluxo de caixa para complemento de renda;

    d)      Não existe, nesta comparação, um ativo melhor ou pior, mas a previsibilidade de renda no FII parece ser realmente imbatível; e

    e)      No período observado, os dois investimentos, no quesito acumulação, perderam para poupança e para o CDI. Talvez, em razão do curto prazo.

    Agradeço quem queira comentar e indicar equívocos ou imprestabilidade do exercício.

    Este exercício é apenas uma forma que encontrei para melhor entender o mercado de ações, FIIs e renda fixa, bem como quebrar alguns paradigmas, tais como: quem investe fica rico, preço não importa, variável rende mais que a fixa  etc.

    Para quem se interessar, posso enviar a planilha de todos os cálculos, inclusive para identificar equívocos na análise. De qualquer forma, a dinâmica utilizada é simples. No cálculo das ações e dos FII’s as colunas são as seguintes: data; preço; quantidade comprada no mês; valor investido no mês; patrimônio em ações ou cotas; dividendos ou rendimentos; juros sobre capital próprio; eventos societários; renda mensal no ITUB3 e no HGRE11. No cálculo da poupança e do CDI utilizei o site easycalc, digitei os valores dos aportes e a data e o site calcula automaticamente.

    Abaixo os números:

    Termo inicial dos aportes: junho/2009
    Termo final dos aportes: Dezembro/2013
    Valor médio dos aportes: R$ 2.600,00
    Data dos aportes: sempre os primeiros dias do mês
    Termo inicial “com dividendos”: julho/2009
    Fonte das cotações: sites uol e exame
    Fonte dos rendimentos/dividendos: site da Bovespa e do RI.
    Fonte dos cálculos: planilha própria e o site easycalc
    JCP: Descontou-se o IR de 15%

    ITUB3
    Foram realizadas 55 compras mensais do lote padrão (100 ações)
    Foram considerados os eventos societários do período: grupamento, desdobro e bonificação
    Patrimônio em ações após os eventos societários: 5980 ações
    Preço total de aquisição: R$ 161.943,00
    Dividendos recebidos no período de acumulação: R$ 12.358,80
    Valor líquido dos aportes: 149.584,20
    Preço médio por ação: R$ 27,08
    Preço cotação em 17.06.2014: R$ 31,06
    Valor do patrimônio em 17.06.2014: R$ 185.738,80
    Ganho de capital bruto no período: R$ 23.795,80
    Retorno médio sobre o capital investido: 14,69%
    Por exercício, imaginando que os dividendos em 2014 serão idênticos aos de 2013, tem-se: R$ 4.759,69 ao ano ou R$ 396,22 ao mês.
    Retorno dos dividendos/JCP sobre o capital líquido investido: 3,18% ao ano

    HGRE11
    Foram realizadas 55 compras mensais de 2 cotas
    Foram considerados os eventos societários do período: pelo site do RI não ocorreram eventos societários a influenciar na quantidade de cotas
    Patrimônio em cotas após os eventos societários: 110 cotas
    Preço total de aquisição: R$ 153.973,44
    Rendimentos no período de acumulação: R$ 33.049,90
    Valor líquido dos aportes: R$ 120.923,54
    Preço médio por cota: R$ 1.399,75
    Preço cotação em 17.06.2014: R$ 1.345,00
    Valor do patrimônio em 17.06.2014: R$ 147.950,00
    Ganho de capital bruto no período: R$ 6.023,44
    Retorno médio sobre o capital investido: 3,91%
    Por exercício, imaginando que os rendimentos em 2014 serão idênticos aos de 2013, tem-se: R$ 15.312,00 ao ano ou R$ 1.276,00 ao mês.
    Retorno dos rendimentos sobre o capital líquido investido: 12,66% ao ano

    RENDA FIXA
    Eu fiz as contas apenas com os aportes do HGRE11. Todavia, o que importa aqui não é o valor, mas a taxa.
    Valor líquido do investimento: R$ 120.923,54
    Saldo na poupança em maio/2014: R$ 181.573,70
    Retorno poupança no período: 50,15%
    Saldo no CDI: R$ 192.746,84
    Retorno CDI no período: 59,39%
    Utilizei a seguinte dinâmica de cálculo: poupança do dia primeiro e CDI mensal e o valor dos juros incide a partir de cada aporte. Fiz os cálculos a partir do site easycalc.

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    1. Muito bom o estudo Calos,
      Só uma dica, quando você não tiver dados além de determinado período, por exemplo, cotações de ITUB3 até 2002 e HGRE11 só até 2008, tente utilizar um MMC entre os dois, ai você consegue comparar bem (por exemplo, 12 anos de ITUB3 e 6 anos de HGRE11, então imagine que você investiu duas vezes na HGRE11, assim você pode calcular coisas como o VPL).
      Utilize a TIR para medir a taxa de retorno, assim saberemos também qual foi o papel que mais teve retorno interno.

      A comparação foi excelente, mostra que pessoas que buscam investir em ações não devem pensar em renda mas sim em acúmulo de capital, do mesmo jeito que pessoas que investem em FIIs devem pensar em fluxo de caixa e não em acúmulo de patrimônio.

      No mais, excelente análise.
      Uma coisa interessante seria verificar, qual investimento seria mais interessante? Aquisição de incorporadoras de shoppings ou FIIs do mesmo setor ?

      Uta!

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    2. Baroni já viu essa simulação? Vai ficar enchendo o saco por um mês…kkkkkkkkkkk:-D

      Parabens carlospmg! A unica ressalva que faço é que ITUB tem perfil de entrega de bons dividendos em um prazo bem maior tendo em vista a velocidade do crescimento dos lucros, ao contrario do HGRE.

      Acho que a simulacao “perfeita” seria um Duelo entre um FII com bom DY versus uma ação típica de dividendos.

      Acho que uma ação de crescimento versus FII de desenvolvimento não caberia em razão do pouco tempo de vida dos FII.

      PARABENS E SUCESSO!

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      1. Aspirante e Estagiário,

        Obrigado pelo retorno.

        Essa simulação em si não serve para muita coisa. Serve apenas para, talvez, desfazer alguns mitos.

        Nessa simulação, eu apenas fui atrás de um dado empírico, isto é, imaginei uma pessoa que alocou valores nesses ativos para no futuro usufruir.

        A simulação, porém, demonstrou que se essa pessoa tivesse repartido o capital investido nas três classes de ativo (ações, FIIs e renda fixa), o resultado talvez fosse melhor.

        A simulação também demonstrou que cada ativo tem uma finalidade específica. Em FIIs, por exemplo, a não evolução nominal do patrimônio não é necessariamente preocupante, pois apesar de não crescer vem entregando renda constante.

        Já a renda fixa, em períodos de alta, é bem interessante. Mas, usá-la para formação de renda não é o ideal, exceto se o patrimônio for gigantesco, pois no longo prazo o capital vai a zero, em razão da inflação.

        As ações, por sua vez, são um misto de desses dois ativos.

        Posso incluir nessa análise uma ação típica de dividendos e ver o que teria acontecido. Po favor, indique umas duas ou três, as famosas. Assim, veremos se o investidor naquele período se saiu bem.

        Por último, tenho observado o debate sobre o P/L. Bem interessante. Ele é um bom indicador, mas realmente sozinho não diz muita coisa. Talvez, o melhor seja avaliar se os lucros são crescentes e a quantidade/qualidade da dívida da empresa.

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      2. carlospmg, acho que de repente poderia entrar a CMIG e a ETER, tradicionais pagadoras de dividendos.

        A que eu gosto mais é a TAEE, talvez o tempo de simulacao dela seja parecido com o dos FII.

        Grande abraço!

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    3. carlospmlg,

      Ótima simulação! Realmente é possível ver que para a geração de renda passiva, os FII levam vantagem. Claro que devemos considerar também o perfil da empresa escolhida, de crescimento, que possui uma proposta de uma distribuição menor de proventos. A idéia do aspirante30 é bem interessante, comparar um FII com uma empresa com grande distribuição de proventos. Fica aí a dica para uma próxima simulação.

      Logo mais vou postar um estudo comparativo entre uma carteira de FIIs e uma carteira de ações. O que já posso adiantar é que tanto no patrimônio quanto na geração de renda passiva o FII obteve um melhor desempenho. Porém, o período que consegui simular foi de 9 anos. Não é um período tão extenso. E como sempre digo, simulações devem ser interpretadas e utilizadas com cautela, uma vez que mostram apenas a história de um dos milhões de caminhos possíveis de um investidor. No entanto, ao meu ver, servem de incentivo para mostrar que algumas estratégias realmente resultam em sucesso no longo prazo.

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      1. Rodrigo, a coleta é na unha mesmo, sem robô…

        Aliás, estava querendo fazer o mesmo exercício com outras ações, mas como é na unha fica difícil.

        Todos os dados estão no uol. Basta digitar: ações, cotações históricas…

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    4. Você não conseguiu as informações de renda do BRCR anteriores a 2010 porque acho, não tenho certeza, que era um fundo fechado, tendo aberto o capital em 2010. Mas poderia ter feito de 2010 a 2014, eh eh eh

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  4. Prezados, não sei se este é o local correto para postar este comentário. Resolvi postar aqui, pois se trata de um estudo para investimentos em ações.

    O meu objetivo com ações é obter renda. Todavia, não tenho a menor habilidade e tempo para fazer trade ou mesmo saber o momento certo de entrar e sair de um ativo. Para esse jogo, eu acredito que o pessoal do mercado é mais eficiente. Nesse cenário, restam os dividendos.

    Eu analisei a UGPA3. Ainda não tenho este ativo, mas pretendo fazer aporte no futuro. De qualquer forma, como é uma análise retrospectiva, qualquer ativo poderia servir de base, inclusive com melhores múltiplos. Ou até mesmo uma carteira de ativos, mas aqui é um pouco mais trabalhoso.

    Imaginem um um investidor que em janeiro de 2008 decidiu comprar ações para usufruir dos dividendos em 2013. Esse investidor decidiu comprar todo mês, nos primeiros dez dias do mês, 300 ações UGPA3. Sempre 300 ações, com sol ou chuva…rs

    Utilizei como base de cotação, normalmente entre o dia 4 e o dia 8, os valores constantes do site do RI e como valor dos dividendos aquele informado pela minha corretora.

    Nesse exemplo, após 60 meses, o investidor comprou 18.000 ações (300 x 60). Custo total: R$ 402.271,00; dividendos dos cinco anos de aporte reinvestidos: R$ 62.232,00. Logo, o capital próprio investido corresponde a R$ 345.039,00. Em 2013, a renda anual foi de R$ 23.760,00. Isso corresponde a 6,88% a.a. sobre o capital originariamente investido.

    Ocorre, porém, que eu verifiquei ter havido um evento societário em 2011, desdobro de 1: 4. Isso quer dizer, então, que 1 ação anterior se transformou em 4, certo? Se esse raciocínio estiver correto, obedecidas as datas de compra e a quantidade, aquelas 18.000 ações se transformaram em 45.600 ações e os dividendos do período foram de R$ 130.176,00. Logo, o capital investido efetivo foi de R$ 277.095,00. Dessa forma, a renda anual em 2013 foi de R$ 83.952,00. Ou seja, 30% a.a. sobre o capital investido.

    Eu achei extraordinário esse último resultado. Mas, fiquei na dúvida, pois o desdobro não refletiu no preço da ação, ao menos no preço que consta do site do RI. O aumento do lucro de 2011 para 2012 foi de 20%. O payout também não alterou e manteve-se em 60%, 54% e 58% em 2011, 2012 e 2013, respectivamente. Assim, não tenho certeza desse resultado extraordinário.

    O retorno de 6,88% a.a., porém, pareceu um bom resultado, pois o investidor, no exemplo, terá um renda mensal de R$ 1.980,00. Esse retorno, inclusive, poderá aumentar, caso a empresa continue tendo um bom desempenho. Pode cair também, mas aqui é preciso acompanhar a empresa para avaliar se o negócio continua no bom caminho. Risco do investimento.

    Não acho um retorno ruim, pois estou considerando uma taxa líquida, de impostos e da inflação, de 6% a.a. que, repita-se, tende a aumentar, desde que a empresa continue com bons lucros.

    Eu agradeceria se alguém analisasse esse meu comentário e apontasse os meus erros. Eu posso enviar a planilha por email. Caso seja possível, posso também postar no blog, mas não sei fazer isso. De qualquer forma, é uma planilha simples: cotação; quantidade ações compradas; capital investido; patrimônio em quantidade de ações; dividendo por ação; dividendos pelo patrimônio; e o desdobro de 2011. Tudo de 2008 até 2012, isto é, período de acumulação. Outras informações, basta retornar.

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    1. Olá Carlos,

      Por acaso os dados que você pegou da cotação, você pegou com desconto da cotação ou o real ?
      Encontrei uma planilha com a cotação da UGPA3 lá no RI do site, mas são descontadas, ai pode haver uma distorção nos resultados.

      Uta!

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    2. Estagiário, valeu pela dica. Entrei no uol e refiz a simulação. O resultado parece que ficou mais próximo da realidade.

      As cotações do uol parecem corretas, pois no dia anterior a cotação estava a R$ 93,00 e no dia seguinte foi a 20,00. Provavelmente, efeito do desdobro 1:4.

      No exemplo hipotético, o investidor teria investido de capital próprio o montante de R$ 875.028,00 (988.218,00 preço de aquisição das ações menos os dividendos do período de acumulação R$ 113.190,00).

      Esse investidor receberia de dividendos em 2013 o montante de R$ 68.904,00 ou R$ 5.742,00 por mês. Portanto, um retorno líquido de 7,87% a.a. sobre o capital próprio.

      Com relação ao preço médio, ocorreu um fenômeno. Até o desdobro, ele vinha próximo a cotação. Com o desdobro, ele ficou 4 vezes menor. Mas, acho que isto está correto, haja vista a proporção do desdobro 1:4. Com isso o preço médio ficou em R$ 18,93.

      Esse investidor tinha até o desdobro 11.400. Com o desdobramento passou para 45.600 ações e continuou com a sua estratégia de comprar todo mês 300 ações, independentemente do preço. Ao final, acumulou 52.200 ações. Com isso, seu patrimônio agora vale R$ 2.751.984,00 (52.200 ações multiplicado pela última cotação).

      O desdobro me deixou um pouco confuso. Então, fiz outra simulação. Mas, agora o período de acumulação foi de apenas três anos. Portanto, excluí o ano de 2011, ano do desdobro. Entre 2008 e 2010 não ocorreu nenhum evento societário sobre as ações.

      Nessa nova simulação, o investidor investiu nos três anos R$ 673.674,00 (preço das ações no dia da compra). Por óbvio, recebeu dividendos em 2011 e 2012, mas não estou considerando na comparação.

      Neste caso, esse investidor tinha adquirido até o final de 2010 10.800 ações. Com o desdobro de 2011 passou a deter 43.200 ações. Com isso, em 2013, os dividendos foram de R$ 57.024,00 ou R$ 4.752,00 por mês.

      O retorno de 2013 sobre o capital investido foi de 8,46% a.a. O preço médio passou para R$ 15,59. O patrimônio ficou em R$ 2.277.504,00.

      Aguardo as críticas e indicação de equívocos. Como estou maturando minha estratégia de investimento em ações, estou desenhando vários cenários. Como não sou expert em finanças, preciso de hipóteses fáticas para melhor compreender.

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      1. Meu sonho é um dia chegar no momento de conseguir fazer essas simulações…rs

        Alguem conhece algum lugar que possamos fazer simulações como essa com varias ações?

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      2. Carlos,

        Sobre o desdobramento está correto, quando ocorre o PM do investidor cai na mesma proporção, final, é como se ele tivesse comprado a aquele valor.

        No mais, agora parece mais correto.
        Sugiro o seguinte… Já que está fazendo análises diversas…
        Desconte a inflação do período, e veja quanto ficaria no valor atual.
        Faça alguns cálculos de investimentos como TIR, VPL e Payback descontado.


        Vamos chegando ao final do estudo de Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos. Nesta última postagem vamos falar sobre os últimos dois métodos, o Payback Simples e o Payback Descontado.

        Os dois Paybacks tem como objetivo principal mostrar em quanto tempo o investimento trará o valor que investimos. Como nossa análise é em cima do lucro líquido por ação, iremos encontrar qual o tempo necessário para que a empresa consiga gerar um lucro líquido igual ao valor investido. Isso não quer dizer necessariamente que iremos receber em dividendos este valor, já que parte do lucro é reinvestido na própria empresa. Porém, vale lembrar que o dinheiro investido corretamente na empresa irá aumentar o seu lucro e consequentemente o seu valor no mercado, portanto, a análise através do lucro líquido é lógica.

        Vamos relembrar o Fluxo de Caixa dos dois ativos, PETR4 e GETI3.

        Payback Simples

        O Payback Simples é calculado a partir do fluxo de caixa acumulado. Ele tenta encontrar quando o fluxo de caixa acumulado chega a zero. Para saber se vale a pena ou não o investimento, o resultado deve ser comparado com o prazo máximo de recuperação aceitável, normalmente expresso por anos. Se o prazo encontrado é menor do que o prazo máximo, aceita-se o investimento, caso contrário, o projeto é inviável.

        No Payback Simples, nós somamos todos os fluxos de caixa, indiferente do seu período. Este é o principal problema do método, pois este pressuposto vai totalmente contra a mão do pressuposto do fluxo de caixa, que diz: “Dinheiro, tem seu valor no tempo”. Esta análise normalmente é feita de cabeça, pois é muito simples. Outro ponto muito importante no Payback Simples é que ele não considera o fato de que o maior rendimento está no final do período (como por exemplo, no caso da venda de uma ação).

        Se analisarmos os dois ativos, encontraremos os seguintes valores :

        PETR4 : 8,05 anos
        GETI3 : 5,23 anos

        Isso significa que, a Petrobrás só iria nos retorar lucros após a venda do papel. Ou seja, demoraríamos 8 anos para receber o valor investido. Vale lembrar também que, por estarmos utilizando o lucro líquido, isso não quer dizer que teremos os R$17,74 em mãos, já que teríamos que vender o ativo para conseguir ter o Payback. Já no caso da GETI3, temos um período bem menor, de apenas 5,23 anos. A partir deste resultado podemos concluir que PETR4 é um investimento menos atrativo do que GETI3.

        Payback Descontado

        O Payback descontado é muito semelhante ao método anterior, porém neste caso, nós iremos utilizar a TMA para descontar o fluxo de caixa. Todos os fluxos de caixa serão trazidos para a data zero, dai fazemos o somatório do fluxo descontado. Assim, podemos encontrar o valor que mostrará quando a empresa nos fornecerá em lucros o valor investido após o risco inerente ser descontado.

        Só para relembrarmos as TMAs:

        PETR4 : 22,5%
        GETI3 : 20,14%

        Utilizando os pressupostos encontramos os seguintes dados :

        PETR4 : +9 anos
        GETI3 : 8,73 anos

        No Payback Descontado encontramos alguns valores que chegam a impressionar, de maneira negativa. No caso da PETR4 não teríamos o resultado esperado no tempo analisado, pois após o período de 9 anos seriam necessários queimar mais R$ 9,93. No caso da GETI3, nós conseguiríamos o retorno somente vendendo o ativo.

        O Payback Descontado utilizando-se como parâmetro a TMA e o lucro líquido é muito pouco utilizado, o mais comum uso deste método é a análise do fluxo de dividendos e JSCP e o desconto como sendo da inflação. Sinceramente, este último é realmente mais interessante ao investidor, contudo, vale a pena a análise do segundo, pois na minha opinião é interessante verificar se a empresa trará um lucro a ponto de conseguir abater o valor investido dado o seu risco.

        É isso ai pessoal, espero que tenham gostado dos métodos que mostrei a vocês. Eles poderão ser de grande importância a todos na hora de analisarmos um investimento.

        Referências bibliográficas:

        Samanez, C. P. “Matemática Financeira Aplicações à Análise de Investimentos 3ª edição”. São Paulo: Pearson Prentice-Hall. 2002
        Mathias, W. F. “Matemática Financeira com + de 600 exercícios resolvidos e propostos”. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
        Varia, H. R. “Microeconômica Princípios Básicos”. Rio de Janeiro: Editora Campus,
        2003.

        Aqui você encontra a série que eu comento como fazer isso, dá uma olhada e veja se realmente vale a pena…

        Por que digo isso?
        Quando analisamos uma empresa verificando como seria se nós investissemos nela por um período X e depois vivessemos de dividendos dela, temos que levar em conta que iriamos colocar todo o nosso dinheiro nela, como uma empresa própria. Por conta disso, recomendo que você verifique estes indicadores de investimentos, pois assim você pode compará-los com outras empresas e ver qual é a que mais lhe dá retorno 🙂

        Uta!

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      3. Estagiário, muito obrigado pelo seu retorno. Você, não poderia ser diferente, está corretíssimo: o ideal é escolher a empresa mais rentável. Mas, eu ainda não domino todas as ferramentas. Por enquanto, estou apenas seguindo o que chamo de aspecto prático do investimento. Escolhi algumas empresas que tem bons múltiplos e estou fazendo uma análise do passado, ainda que o passado não seja garantia de um bom futuro. Mas, compreendendo o passado, fica mais fácil pensar como o futuro será, ainda que ele seja totalmente incerto.

        Aspirante, isso que eu faço é fácil. Difícil é fazer o que o estagiário faz. Aliás, acabei de fazer de ITUB3. Depois coloco aqui no blog. O resultado é bem interessante e como ITUB3 tem um fluxo de caixa mensal, é possível comparar com FII.

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      4. carlospmg, coloca isso o mais urgente possível!!!!!
        acho que isso fecharia uma discussão de tempos que temos sobre fii x ações! Como não pensei nisso antes? kkkkkk

        Coloca aí pra gente! Depois a gente simula com os fii!!!!!

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    3. carlospmlg,

      Muito legal a simulação! E com certeza aqui é o lugar certo, sinta-se à vontade para divulgar seus estudos e simulações! Quanto mais gente contribuir, mais conhecimento do passado teremos, o que pode nos auxiliar para decisões futuras sobre nossos investimentos.

      Uma curiosidade quanto aos dados. O Estagiário indicou os dados do UOL. Você fez como para captá-los? Foi no copy and paste mesmo ou você possui algum robozinho para extração? Isso me interessa muito, porque nas minhas simulações uso os dados históricos da Bovespa, porém ainda tem muito trabalho manual envolvido, o que acaba tornando a captação de dados um pouco trabalhosa.. Estou vendo novas maneiras de automatizar isso.

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  5. Pessoal, estou pensando em fazer um comparativo entre empresas do setor industrial/textil. Vou analisar as empresas e compará-las. Por enquanto estou tendencioso a analisar Alpargatas, Grendene e Cia Hering, mas queria a opinião de vocês sobre a seleção dessas empresas sugerindo mais ou retirando algumas, e aí? Faz sentido “comparar” ALPA4, GRND3 e HGTX3?

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    1. Olá Diego!

      Acredito que até faz algum sentido a comparação tendo em vista que as três tem seus produtos vendidos no varejo e portanto são bastante suscetíveis à situação de consumo das famílias. Portanto, para setorização na carteira, colocaria como setor de consumo. Tanto HGTX quanto GRND vinham apresentando um payout elevado, porém com a decisão da GRND de não repasse dos incentivos fiscais, seu payout deve diminuir. Quanto a ALPA, realmente nunca a estudei a fundo, mas parece ser uma empresa de crescimento, com um payout menor.

      Um comparativo certamente seria bastante interessante!

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  6. Por curiosidade fiz a mesma simulção aplicando a 100% do CDI com uma aliquota de IR de 15%, aporte mensal de 2000 corrigidos anualmente pelo IPCA.
    Ao fim do período o valor patrimonial fica próximo de R$ 790.000,00

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    1. Wagner,

      Legal! Agora eu precisaria também fazer a mesma simulação utilizando correções dos aportes pelo IPCA, já que na maioria das vezes o IPCA supera os 5% que eu usei de aproximação. Mas só disso, já dá pra antecipar que o resultado seria ainda melhor.

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  7. ESTUDO – 12 ANOS DE BUY & HOLD – APLICANDO DIVERSOS MÉTODOS DE COMPRA

    O meu objetivo com esse estudo era constatar qual seria a influência de diversos métodos de compras no patrimônio final e na geração de renda passiva advinda dos dividendos e jscp.
    Essa questão é bastante frequente nas discussões sobre B&H, quando surgem dúvidas sobre qual método deve-se usar para comprar as ações utilizando os aportes mensais juntamente com os proventos recebidos.
    Simulei compras utilizando os seguintes métodos:

    1- Método “MENOR DELTA PROPORÇÃO”. Neste método, é comprada a ação que está mais distante da meta. Isto é, a que possui maior diferença em relação à meta percentual da carteira.

    2- Método da “COMPRA SEQUENCIAL”. Neste método, é comprada uma ação por mês seguindo uma sequência circular, isto é, da primeira para a última, retornando para a primeira e seguindo sucessivamente.

    3 – Método da “COMPRA RANDÔMICA”. Neste método, as ações são compradas sem nenhuma sequência definida, de maneira aleatória.

    4 – Método do “REINVESTIMENTO DOS PROVENTOS NA EMPRESA GERADORA E COMPRA MENOR DELTA PROPORÇÃO”. Neste método, os proventos recebidos são reinvestidos na própria empresa que os gerou. As compras através dos aportes são realizadas atráves do primeiro método.

    5 – Método do “REINVESTIMENTO DOS PROVENTOS NA EMPRESA GERADORA E COMPRA SEQUENCIAL” . Este método é semelhante ao de cima, mudando apenas a compra com os aportes, que é realizada com o método 2-.

    6 – Método do “MENOR DELTA PROPORÇÃO SEM REINVESTIMENTO DE PROVENTOS”. Este método é o mesmo que o 1-, porém os provoventos, dividendos e jscp, não são reinvestidos.

    As simulações foram realizadas utilizando os dados de cotações históricas, proventos e eventos acionários disponíveis no site da Bovespa.

    O período simulado foi de 2002 a 2013. 12 anos.

    As ações utilizadas foram as seguintes:

    AMBV3 ( hj ABEV3), BBAS3 , CCRO3 , CEMIG3 , ETER3, SBSP3.

    Quanto a escolha das empresas, não tomei nenhuma preocupação quanto a escolha de empresas de dividendos, crescimento e outras categorias. Minha única preocupação foi escolher empresas com balanços consistentes.

    Os aportes eram mensais e iniciaram-se com R$2000. Esse valor foi reajustado em 5% ao ano para refletir a inflação.

    Os custos com custódia, corretagem e outros são constantes. Acabei me esquecendo de adicionar a inflação, o que não vai causar tanto prejuízo aos resultados, já que os valores individuais absolutos não são o foco do estudo.

    Seguem os resultados:

    GRÁFICO DO PATRIMÔNIO AO LONGO DA SIMULAÇÃO:

    GRÁFICO DOS PROVENTOS ANUAIS (SOMA DE DIVIDENDOS E JSCP) AO LONGO DA SIMULAÇÃO:

    GRÁFICO DO PATRIMÔNIO NO ÚLTIMO ANO:

    GRÁFICO DOS PROVENTOS ANUAIS NO ÚLTIMO ANO:

    Como se pode notar, a diferença entre os métodos com reinvestimento de dividendos é pequena, levando sempre vantagem na simulação o método do “MENOR DELTA PROPORÇÃO”.
    Verifica-se que uma diferença na metodologia dos aportes, pelo menos nesta simulação, não traz tanto impacto no resultado.
    O impacto maior é notado quando se deixa de reinvestir os dividendos, o que já é sabido, servindo apenas como exemplo.

    O grande prejuízo, ao meu ver, de métodos aleatórios ou que não levem em conta proporções definidas é a diferença na proporção dos ativos. Isto acaba aumentando o risco já que teremos algumas empresas com grande concentração do patrimônio, como é possível notar nos gráficos seguintes:

    GRÁFICO DA DISTRIBUIÇÃO META:

    GRÁFICO DA DISTRIBUIÇÃO AO FINAL DA SIMULAÇÃO, UTILIZANDO MÉTODO “MENOR DELTA PROPORÇÃO”:

    GRÁFICO DA DISTRIBUIÇÃO UTILIZANDO MÉTODO “SEQUENCIAL”:

    Por enquanto é isso pessoal!

    Dúvidas, comentários, críticas e sugestões são bem-vindas!!

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    1. E para quem quiser saber como ficou a rentabilidade nesse período, seguem os seguintes dados:

      Total dos aportes: R$382.011,04

      Rentabilidade calculada com a TIR ( Taxa inter de retorno) : 12,73% a.a.

      Vê-se que a rentabilidade não é nada absurda. O que acaba proporcionando números absolutos tão grandes são os juros compostos aliados a um período razoável de tempo.

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      1. Rodrigo,

        A analise fria da TIR esconde um número maravilhoso:

        Esses 382.011,04 reais de aportes, com a respectiva reaplicação dos dividendos, não importa o método criaram uma carteira que gerou entre 83k a 100k de dividendos ANUAIS em 2013.

        No melhor cenário, estamos falando numa carteira de 100k/382k = ~26% de DY sobre o custo!

        POUCOS negócios diretos geram resultados como esse.

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    2. Acho que tem algumas lições aqui:

      – Reaplicação dos dividendos é fundamental para gerar ganhos exponenciais.
      – Capacidade de gerar poupança para aportes mensais também é fundamental, talvez o mais importante.
      – Tempo. Esse jogo é uma maratona e não um corrida de curta distância.
      – Escolher boas empresas(lucros consistentes) e manter boas empresas na carteira é importante.
      – Cotação para aportes regulares é MUITO menos importante do que os 4 itens acima.

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      1. Ricardo,
        Realmente não tinha me atentado sob esta ótica do DY em relação ao total aportado. O valor é impressionante mesmo! Mas temos que considerar que tivemos empresas com crescimento absurdo dos lucros, como Ambev e CCR, com crescimento maior que 10x na época considerada pelo estudo.

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      2. Se empresa passasse a não dar lucro, teria de sair da carteira e substituída por outra.

        E veja bem, soma mais 10 anos nessa carteira, o dividendo sobre o custo chegará tranquilamente a coisa de 60% a.a.

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      3. Olha, não sei se estou fazendo o correto, mas eu percebi essa situação:

        Várias simulações de 2002 pra cá (dados que eu tenho): variação de DPA 2002 – 2013 ITUB: +313,60% BBAS: +160,67%

        variação de Cotação 2002 – 2013 (só tenho esses dados) ITUB: +793,18% BBAS: +1.147,19%

        variação de lucros 2002 – 2013 (só tenho esses dados): ITUB: +595,37% BBAS: +679,97%

        Conclusão: Se ambos andarem nesse ritmo (meio improvável, mas vá lá…), DPA de ITUB alcança o DPA do BBAS somente daqui a 28 anos!

        Conclusão2: Ainda assim, daqui a 28 anos, as ações que teríamos de BBAS íam valer absurdamente mais do que as do ITUB, dada a média de crescimento (esse nem fiz cálculo dada a disparidade de percentuais já apresentados).

        Conclusão3: Não teremos conclusão nenhuma porque isso não é ciência exata, não sabemos o dia de amanhã, mesmo com a história da interferência do governo no BBAS (e se a CEF fosse fundida ao BBAS? isso ninguém fala…rs) e muito menos os riscos que o ITUB está se sujeitando na sua aventura no exterior.

        Acho que nunca fiz tanta conta numa noite de domingo…rs

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      4. Aspirante,

        “Acho que nunca fiz tanta conta numa noite de domingo…rs”

        Você não foi estudante de Engenharia…:P

        A lição importante não é tentar advinhar o futuro mas perceber como uma o resultado de manter uma boa empresa é exponencial no tempo.

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      5. Pois é Ricardong, cheguei a cursar a metade do curso de Economia mas fiquei de saco cheio de fazer duas páginas de contas que no final dava raiz quadrada de zero..kkkkkkkk

        Acho que se eu tivesse me tocado de investir mais cedo, acredito que tinha terminado a faculdade de tão interessado que ando ultimamente.

        Ontem fui dormir às 3h30min e com a cabeça a mil!

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      6. ricardong,

        belas licoes. Corrobora o que a gente vem tentando passar de que o que mais importa eh o estudo para comprar boas empresas, obediencia ao metodo, aportes constantes e crescentes e, principalmente, QUE PRECO IMPORTA MUITO POUCO!

        Abcs

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      7. Aspirante,

        Salvo engano, o BB esteve beirando a insolvencia em 2002 ou pouco antes disso e teve q ser “salvo” pelo governo.

        Outra coisa, nao esqueca de verificar se houveram eventos de desdobramento de acoes ou bonificacoes (itau faz isso toda hora). Achi bem dificil q o Itau perca pro BB mas posso estar enganado.

        Mesmo assim, acho BB um baita ativo, assim como o ITUB.

        Abcs

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    3. Tetzner, pode falar palavrão no blog? Não tenho recursos suficiente para elogiar esse post…rs

      O mais legal é que quaisquer estratégia que vc use, o fato de vc reinvestir os dividendos é o que faz a diferença.
      Veja que a diferença entre a melhor técnica e a “pior” técnica dá uma diferença de 5,72% de patrimônio. Acho bem razoável tendo em vista que a estratégia tem que ser algo que deixe a pessoa mais tranquila.

      A minha casa (esposa e eu!) investe valores próximos disso, mas confesso que as compras são meio caóticas. Investimos prioritariamente em fii (mês que vem começaremos com ações), e o foco é sempre:
      1º balanceamento da carteira através dos valores depositados (ao invés do valor de mercado da carteira). Isso significa que nós consideramos o nosso patrimônio o valor investido, e não o valor de mercado (ainda não estou muito seguro com a estratégia, mas parto do princípio que as variações de cota só serão minha quando eu vender, como eu não vendo…);
      2º Aproveitamento de DY atrativo. Acho que aqui eu acabo me expondo as variações da cota indiretamente (cota caiu, DY subiu).

      Sugestão para o próximo post: compras mensais fracionário x lote padrão! Acho que isso faria uma diferença danada para os pequenos investidores!

      Seja MUITO bem vindo!

      p.s. Agora queremos 2 milhões em 2024!

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      1. Obrigado pelas boas vindas Aspirante!

        Quanto a sua sugestão, acredito que não faria muita diferença, pois a cotação de compra que eu utilizo é a de abertura e de um dia em que a ação foi negociada ( algumas ações, inicialmente, não tinham tanta liquidez). Então acho improvável que encontraríamos grande diferença. De qualquer jeito, fica anotada a sugestão.

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    4. Dúvidas finais!

      Porque as distorções da carteira ao final da simulação?
      Esse Delta é definido como? vc atribui um valor de compra da ação e a diferença para mais ou menos é o delta?

      E o principal: porque CCRO3 terminou com um volume tão gigante no método sequencial? Isso realmente foi curioso!

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      1. Aspirante,
        Se a distorção a que você se refere é a de dividendos, esta pode ser explicada pelo fato de a CMIG ter diminuído os dividendos distribuídos no ano de 2013.

        Quanto ao cálculo do Delta, antes de comprar são calculadas as proporções das ações de acordo com o valor de mercado e comparando-se com o valor total de mercado da carteira. Após, este valor é comparado com a proporção meta e aí resulta o Delta.

        Por último, a discrepância em CCRO3 pode ter essas causas (não somente essas, mas no momento só consigo pensar nessas duas):
        1- Aumento muito elevado no preço da ação.
        2- A compra de ações CCRO3 ter coincidido com o mês posterior ao recebimento de uma grande parte dos dividendos anuais. Um exemplo é a CMIG, que em alguns anos pagou dividendos extraordinários bastante elevados. Vou checar na simulação e depois te respondo aqui.

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    5. Rodrigo,

      parabens e bem-vindo. Que estudo incrivel. Fiquei feliz de saber que o metodo que eu sigo foi o que entregou mais resultado (compra do papel mais distante da meta, de forma constante).

      Abcs

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      1. Obrigado PauloAlf! Confesso que senti a mesma sensação quando vi o resultado da simulação. Apesar de a simulação ser um caso específico, é sempre boa a comprovação, nem que tenha sido, por enquanto, em apenas um caso.

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    6. Excelente post!

      Uma pergunta, seu método de compra atual? Este estudo influenciou nele?

      Ah, já tinha visto colega de profissão ir para diversas áreas como bancos e hospitais, mas piloto é o primeiro, parabéns! rs

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      1. Uó, legal! Eu utilizo o método do “Menor delta proporção”. Já usava este método mas a simulação trouxe o embasamento de que realmente funciona. Vou tentar simular mais casos para ver se foi coincidência ou se esse método realmente apresenta uma probabilidade maior de sucesso.
        Quanto a minha profissão, acho que sempre fui mais piloto que engenheiro. Ou pelo menos nas minhas ambições sempre foi assim.. rs

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    1. Obrigado Tetzner!

      Como falei em minha mensagem, espero que este espaço possa motivar os investidores a seguirem em frente!

      Sugestões para simulações são muito bem vindas!

      Vou publicar logo mais o primeiro estudo.

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