CTIP – CETIP S.A. – MERCADOS ORGANIZADOS

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BM&FBOVESPA: CTIP3

Integradora do mercado financeiro, a Cetip oferece produtos e serviços de registro, custódia, negociação e liquidação de ativos e títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência às operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira. A empresa é também a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do País.

A companhia opera o maior Mercado Organizado para Ativos de Renda Fixa e Derivativos de Balcão da América Latina. É também a maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro.

São mantidos em custódia na Cetip aproximadamente 97% dos ativos privados de renda fixa do Brasil e aproximadamente 75% do valor nocional de derivativos de balcão estão registrados na Cetip. A atuação garante o suporte necessário a todo o ciclo de operações com títulos de renda fixa, valores mobiliários e derivativos de balcão.

O modelo de negócios da companhia é verticalmente integrado, garantindo o suporte necessário a todo o ciclo de operações do mercado financeiro, e inclui os serviços de registro, custódia, negociação eletrônica, gestão de garantias, compensação e liquidação de uma grande diversidade de ativos.

RI: dri@cetip.com.br

Site: www.cetip.com.br/ri

Autor: Tetzner

Engenheiro, Investidor há mais de20 anos, autor de 2 livros e pioneiro em Fundos Imobiliários :)

64 comentários em “CTIP – CETIP S.A. – MERCADOS ORGANIZADOS”

  1. Cetip tem lucro de R$ 572,6 milhões em 2016

    Fechou 2016 com lucro de R$ 572,6 milhões e crescimento de 15,1%. Em um ambiente de forte retração econômica, que impactou a Unidade de Financiamentos (registro de financiamento de veículos), a melhor performance decorreu da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, sobretudo no segmento de custódia, diante das operações de busca por proteções, sublinhando derivativos, hedge cambial e swap. Em números, temos que a receita bruta da Cetip atingiu R$ 1,545 bilhão em 2016, um avanço de 12,4%. A Unidade de Títulos e Valores Mobiliários contribuiu com R$ 1,122 bilhão e crescimento de 18,7%, enquanto a Unidade de Financiamentos R$ 423,5 milhões, avanço de 2,5%. Já o Ebitda continuou robusto, ao perfazer R$ 899,2 milhões e avanço de 16,6%. A dívida líquida da Cetip foi de R$ 200,6 milhões, logo a relação dívida líquida/Ebtida atingiu apenas 0,2x.

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  2. DESTAQUES DO 3T16 E DO ACUMULADO DE 2016

    Lucro líquido de R$ 146,6 milhões no 3T16, 12,6% maior do que no 3T15

     Receita bruta total de R$ 385,4 milhões no 3T16, com crescimento de 0,8% em relação ao 2T16 e de 9,3%
    em comparação ao 3T15. Nos 9M16, receita bruta total de R$ 1.147,0 milhões, 13,8% superior aos 9M15;
     Receita bruta da UTVM de R$ 279,8 milhões no 3T16, resultado em linha com o 2T16 e 12,0% acima do 3T15.
    Nos 9M16, receita bruta da UTVM de R$ 837,3 milhões, 19,7% maior do que nos 9M15;
     Receita bruta da UFIN de R$ 105,6 milhões no 3T16, 3,1% superior ao 2T16 e 2,7% maior do que no 3T15.
    Nos 9M16, receita bruta da UFIN de R$ 309,7 milhões, 0,5% maior do que nos 9M15;
     Receita líquida de R$ 322,7 milhões no 3T16, 1,4% superior ao 2T16 e 10,5% maior que o resultado do 3T15.
    Nos 9M16, receita líquida de R$ 952,0 milhões, um aumento de 14,4% vs. o resultado dos 9M15;
     Despesas operacionais ajustadas de R$ 92,4 milhões no 3T16, 2,2% abaixo do 2T16 e 5,1% acima do 3T15.
    Nos 9M16, despesas operacionais ajustadas de R$ 275,4 milhões, 11,7% maiores do que nos 9M15;
     EBITDA ajustado de R$ 230,3 milhões no 3T16, 3,0% superior ao 2T16 e 12,8% maior do que no 3T15,
    alcançando margem de 71,4%. Nos 9M16, EBITDA ajustado de R$ 676,6 milhões, 15,5% acima dos 9M15;
     Lucro líquido de R$ 146,6 milhões no 3T16, 4,5% acima do 2T16 e 12,6% maior do que no 3T15, com
    margem líquida de 45,4%. Nos 9M16, lucro líquido de R$ 422,1 milhões, 14,2% maior que nos 9M15, com
    margem líquida de 44,3%

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  3. Cetip divulga resultados do 2T16

    A receita bruta totalizou R$ 382,3 milhões no 2T16, crescendo 0,8% e 16,0% em relação ao 1T16 e ao 2T15, respectivamente. A Unidade de Títulos e Valores Mobiliários continuou se destacando com um dempenho resiliente à crise. A par disso, sua receita bruta avançou 0,8% na comparação com o 1T16 e 22,3% em relação ao 2T15. Já na Unidade de Financiamentos, a receita bruta cresceu 0,7% versus o 1T16 e 1,7% superior na comparação com o 2T15, impactada pelo fraco desempenho das vendas e financiamentos de veículos. O EBITDA ajustado da Cetip somou R$ 223,7 milhões no 2T16, 0,5% e 17,2% superior ao 1T16 e 2T15, respectivamente, alcançando margem de 70,3%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 156,4 milhões no 2T16, 2,7% acima do 1T16 e 4,0% maior ante o 2T15. Por fim, o lucro líquido contábil foi de R$ 140,3 milhões no 2T16, contra R$ 135,2 milhões no 1T16 (+3,7%) e R$ 118,6 milhões no 2T15 (+18,2%).

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  4. Cetip divulga resultados do 4T15

    A Cetip S.A. apresentou lucro líquido ajustado de R$ 159,4 milhões no 4T15, superando o último trimestre de 2014 em 6,3%. No acumulado de 2015, o lucro foi de R$ 624,5 milhões, 10,9% acima do acumulado no 12M14.

    A receita líquida do trimestre encerrado em dezembro de 2015 foi de R$ 293,0 milhões, avançando 7,9% na comparação com o 4T14. Em 2015, a receita acumulada foi de R$ 1,1 bilhão, 10,8% superior ao acumulado no ano anterior.

    O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do 4T15 foi de R$ 204,4 milhões, superando em 10,4% o 4T14. No 12M15, o Ebitda acumulado foi de R$ 790,3 milhões, 10,5% acima do acumulado em 2014.

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  5. Cetip apresenta lucro de R$ 162,0 milhões no 3T15

    A Cetip apresentou lucro líquido ajustado de R$ 162,0 milhões no 3T15, superando o lucro líquido de R$ 143,7 milhões obtidos no 3T14. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 465,1 milhões, contra R$ 413,4 milhões (+12,5%).

    O Ebitda ajustado da empresa no trimestre encerrado em setembro foi de R$ 204,2 milhões, contra R$ 187,0 milhões no 3T14 (+9,2%). No 9M15, o Ebitda foi de R$ 585,9 milhões, ante R$ 530,0 milhões no mesmo período de 2014 (+10,5%).

    No 3T15, a receita líquida foi de R$ 312,3 milhões, ante R$ 259,3 milhões no 3T14 (+20,4%). A receita do 9M15 foi de R$ 865,8 milhões, superando em 16,3% os R$ 744,3 milhões do 9M14.

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    1. Resultado comentado 3T15

      Fechou 3T15 com lucro líquido de R$ 130,2 milhões, ante R$ 118,7 milhões no 2T15, logo com alta de 9,7%. Já em relação ao 3T14 (lucro líquido de R$ 108,5 milhões), o crescimento foi de 20,0%. No acumulado dos 9M15, o lucro líquido perfez R$ 369,5 milhões, contra R$ 309,5 milhões nos 9M14, com evolução de 19,4%. O desempenho do 3T15 esteve em linha com as nossas estimativas, cuja recomendação é de Manutenção em Carteira (M+) e os detalhes da fundamentação estão na Tese de Investimento. Cumpre dizer que, em boa medida, o avanço de lucro nos 9M15 (e 3T15) decorre da busca por proteções nas operações de hedge cambial e swap, todas “cetipadas”.

      Na tabela a seguir pode-se verificar o que foi assinalado acerca dos números do 3T15. Frisa-se que a diferença entre o lucro ajustado (R$ 162,0 milhões) e o lucro líquido contábil (R$ 130,2 milhões), auferido pela CETIP no 3T15, refere-se à amortização de intangível pela aquisição da GRV Solutions, impacto fiscal da amortização do ágio e despesa com remuneração em ações decorrente do programa de stock options. Nos períodos comparativos também há esses efeitos, que explicam a diferença entre o lucro líquido contábil e o ajustado.

      Detalhando um pouco mais os fundamentos da CETIP, temos que ela atua com duas vertentes de negócios, a saber: Unidade de Títulos e Valores Mobiliários e Unidade de Financiamentos (gravame de veículos). Dessa forma, tem como principal driver a expectativa de crescimento de crédito no País, que mostra desaceleração, por conta da retração da atividade econômica.

      A primeira vertente de atuação e responsável por 67% do faturamento bruto no 3T15 trata-se da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários. Mais à frente pode-se verificar na tabela que o crescimento da receita bruta dessa Unidade foi de 23,9%, enquanto à de Financiamentos 10,0%, em relação ao 3T14. No geral, a receita bruta da CETIP evoluiu 19,0%.

      Na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, sobressai-se o segmento de custódia de títulos privados de renda fixa, onde a CETIP detém participação dominante de mercado. Não menos importante é o segmento de registros de derivativos, também com elevada participação no valor nacional de balcão. Nesses dois segmentos, a CETIP concorre com a BM&F Bovespa.

      A propósito, existem tratativas de fusão entre essas duas companhias, mas nada oficializado. O maior entrave, para tanto, decorre, a nosso juízo, dos próprios clientes, sobretudo os bancos de porte, que acreditam que a fusão pode levar a uma forte concentração de mercado, afora os próprios órgãos reguladores. Mas a possibilidade de fusão existe, cujo maior fundamento são os ganhos de eficiência que poderiam existir diante das sinergias operacionais.

      Ainda na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, os dois segmentos de negócios operam com modelos verticalmente integrados, compreendendo o registro, o depósito (ou custódia), a negociação eletrônica (ou registro de negócios de balcão), a gestão de garantias, compensação e liquidação de mais de 50 diferentes tipos de ativos. Incluem-se, dentre eles, CDB, CDI, CCB, debêntures, notas comerciais, títulos do agronegócio, instrumentos do mercado imobiliário, letras financeiras, instrumentos de securitização e várias espécies de derivativos de balcão, tais como swap, swap de fluxo de caixa, swap com reset, contratos a termo de moeda, mercadorias e índices, opções flexíveis e derivativos estruturados.

      A segunda vertente de negócio e que responde pelos restantes 33% do faturamento bruto da CETIP diz respeito à Unidade de Financiamentos (antiga GRV Solutions, adquirida em 2010). Aqui sua atuação consiste no segmento de crédito ao consumo, mais especificamente no registro de garantias de empréstimos para veículos. Opera oferecendo suporte e padronização nos procedimentos entre provedores de crédito e órgãos de trânsito. O intuito é viabilizar mais segurança e rapidez ao processo de crédito ofertado pelas instituições financeiras, logo minimizando possibilidades de fraudes e reduzindo custos.

      Ressata-se que este segmento já representou 38% do faturamento bruto da CETIP em 2013. Mas por conta da desaceleração dos empréstimos a veículos (bem como maior resilência à crise da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários), veio perdendo participação no mix de faturamento da CETIP de 2014 para cá.

      No que tange ao aspecto financeiro da CETIP, ao adquirir a GRV Solutions (que gerou a Unidade de Financiamentos) por R$ 2,0 bilhões, passou a atuar mais alavancada, visto que parte da aquisição foi coberta por dívida onerosa. Contudo, a CETIP é forte geradora de caixa, bastando dizer que a dívida bruta de curto e longo prazo (debêntures e arrendamentos financeiros) totalizou R$ 1.296,7 milhões no 3T15, enquanto o endividamento líquido foi de R$ 253,6 milhões, o que perfaz uma relação de dívida líquida/Ebitda (12 meses) de 0,3x – bem confortável.

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  6. DESTAQUES DO 2T15

    LL 150,5MM +10,9% x 2T14

    Receita bruta total de R$ 342,8 milhões no 2T15, com crescimento de 17,0% em relação ao 2T14 e crescimento de 5,3% em relação ao 1T15;

    Receita bruta da UTVM de R$ 228,9 milhões no 2T15, 20,3% superior ao 2T14 e 3,7% acima do 1T15;

    Receita bruta da UFIN de R$ 113,9 milhões no 2T15, 10,8% acima do 2T14 e 8,7% maior do que no 1T15, influenciada pela mudança nomodelo de registro de contratos de financiamento em São Paulo;

    Receita líquida de R$ 286,8 milhões no 2T15, 17,2% superior ao 2T14 e 7,5% superior ao 1T15;

    EBITDA ajustado de R$ 190,9 milhões no 2T15, com expansão de 10,1% em relação ao 2T14 e estável em relação ao 1T15;

    Lucro líquido ajustado de R$ 150,5 milhões no 2T15, 10,9% superior ao do 2T14 e 1,4% abaixo do 1T15;

    Programa de Recompra de Ações aprovado em 04/03/2015 em execução, com a aquisição de
    2.291.500 ações até 30/06/2015.

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  7. 1T15

    LL 190,9MM +12,5%x1T14

    DESTAQUES DO 1T15

     Receita bruta total de R$ 325,6 milhões no 1T15, com crescimento de 13,0% em relação ao 1T14 e queda de 0,9% em relação ao 4T14;

     Receita bruta da UTVM de R$ 220,8 milhões no 1T15, 18,8% superior ao 1T14 e 5,7% acima do 4T14;

     Receita bruta da UFIN de R$ 104,8 milhões no 1T15, 2,6% acima do 1T14 e 12,3% menor do que no 4T14;

     Receita líquida de R$ 266,8 milhões no 1T15, 11,0% superior ao 1T14 e 1,8% inferior ao 4T14;

     EBITDA ajustado de R$ 190,9 milhões no 1T15, com expansão de 12,5% em relação ao 1T14 e de 3,1% em comparação ao 4T14;

     Lucro líquido ajustado de R$ 152,6 milhões no 1T15, 13,9% superior ao 1T14 e 1,8% maior do que no 4T14;

     Concluída em março a primeira fase da mudança para Barueri;

     Iniciada a execução do Programa de Recompra de Ações aprovado em 04/03/2015, com a aquisição de 673.500 ações no mês de março.

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    1. Cetip: Bom resultado operacional, em linha com as expectativas.

      Destaque para o aumento no segmento derivativos de balcão, pelo lado positivo. No lado negativo a queda nos gravames, meio que já esperado pelo mercado, com queda nas vendas de veículos.

      A receita bruta de serviços da Cetip totalizou R$ 325,6 MM no 1T15, queda de 0,9% em relação ao 4T14 e crescimento de 13% em comparação ao 1T14.

      A receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários avançou 5,7% na comparação com o 4T14, devido ao aumento das receitas de custódia (+9,4%), transações (+10,3%) e utilização mensal (+3,9%), e pelo recuo das linhas de registro (-1,9%) e outras receitas de serviços (-0,2%). Já a receita bruta da Unidade de Financiamentos (“UFIN”) recuou 12,3% no mesmo período de comparação, em razão da queda da receita do Sircof (-16,9%) e SNG (-12,5%), reflexo principalmente do recuo de 20% na quantidade de veículos financiados no período de comparação.

      O resultado veio em linha com as expectativas, com queda nos gravames e aumento no segmento de derivativos e renda fixa. Cetip segue negociando a múltiplos elevados, 18,5x P/E 2015E e com um dividend yield projetado de 4,7% em 2015. Um bom ativo para carregar, o ponto aqui é o nível de valuation elevado. Nossa área de análise segue tendo uma visão positiva, porém o valuation não tem tanto upside assim.

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  8. CETIP (Relatório Reservado)

    Se a Lava Jato entra por uma porta, o maior acionista da Cetip sai por outra. A Intercontinental Exchange (ICE) está decidida a deixar o negócio. O motivo é a denúncia do doleiro Alberto Youssef de que a GRV, subsidiá ria da Cetip, subornou parlamentares do Partido Progressista (PP) para assegurar um contrato com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Desde a semana retrasada, quando as acusações de Youssef vieram a público, o clima entre os norte-americanos e o comando da antiga clearing do mercado de capitais brasileiro é de tensão. Sócia, entre outros negócios, da Bolsa de Nova York, a ICE cobra da Cetip um posicionamento mais firme em relação ao assunto. Os norte-americanos estão irritados com o comportamento passivo da direção da companhia, a começar pelo seu presidente, Gilson Finkelsztain. O próprio fundador e CEO da ICE, Jeffrey Sprecher, chamou o assunto para si. De acordo com uma fonte próxima à Cetip, Sprecher teve uma dura conversa telefônica com Finkelsztain dois dias após o vazamento do depoimento de Youssef. Segundo o informante do RR, Sprecher exigiu que a Cetip emitisse um comunicado oficial refutando as acusações de Youssef. Até o momento, contudo, não foi feito. Na empresa, diante da inexplicável insubordinação, Finkelsztain já é visto como uma carta fora do baralho. Para todos os efeitos, tanto a ICE quanto Finkelsztain entraram em cena quando o malfeito já estava perpetrado. De acordo com Alberto Youssef, o pagamento de propina a parlamentares do PP começou antes de a GRV ter sido adquirida pela Cetip, em dezembro de 2010, e antes também de os norte-americanos comprarem 12% do capital, em julho de 2011. Finkelsztain, por sua vez, somente assumiria a presidência da Cetip em 2013. Ainda assim, os norte-americanos estão bastante apreensivos com a possibilidade de o escândalo respingar em sua própria opera- ção nos Estados Unidos. Não é para menos. Na condição de uma das maiores acionistas da Bolsa de Nova York, tudo o que a ICE menos quer e menos pode é ter seu nome envolvido em um escândalo dessa dimensão – o que justifica a sua disposição de deixar o negócio. Mesmo porque, além dos eventuais danos à imagem da Cetip, o episó dio pode ter um impacto considerável sobre o próprio desempenho da companhia. Ressalte-se que o contrato para o registro de gravames (restrições) a financiamentos de veículos no sistema do Denatran é hoje o maior dos negócios da empresa. Responde por 40% do faturamento da companhia.

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  9. 2014

    LL 427MM +18,3% x 2013
    LL ajustado (cash earning) 563MM +11,9% x 2013

    Fechou 2014 tendo registrado lucro líquido R$ 427,1 milhões, contra R$ 361,0 milhões em 2013, com avanço de 18,3% e consoante nossas expectativas. De imediato, vale discorrermos sobre as principais características da CETIP, seja para entendermos os efeitos da aquisição da GRV Solutions efetuada no final de 2010, seja para vislumbrarmos o potencial de negócios no médio prazo, que, no limite, tem como principal driver as expectativas de crescimento de crédito no País.

    Com efeito, em dezembro de 2010, a CETIP adquiriu a GRV Solutions, cuja característica financeira da operação será detalhada adiante, bem como o tema que foi exposto recentemente acerca da “investigação de atos supostamente praticados por antigo acionista da GRV Solutions em 2008”, conforme consta em Fato Relevante publicado pela CETIP, em resposta ao Ofício determinado pela CVM, de 11 de março de 2015.

    Posto isso, em termos societários, ao incorporar a GRV Solutions a CETIP agregou um importante negócio, ampliando o leque de atuação. A partir daí, em termos gerenciais, foram criadas duas unidades de negócios. A primeira contemplando os negócios de origem, denominou-se Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, que engloba o mercado de x custódia e registros de títulos, sendo responsável por 64,3% da receita bruta da CETIP em 2014. A segunda, denominada Unidade de Financiamentos, decorre da aquisição da GRV Solutions e responde pelos restantes 35,7% da receita bruta.

    Na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, mais especificamente no segmento de custódia, é importante citar que a CETIP detém 97% dos ativos privados de renda fixa do País. O segundo foco diz respeito aos registros de derivativos, sendo responsável por 75% do valor nacional de balcão. A CETIP concorre com a BM&F Bovespa, que detém as restantes participações de mercado. No âmbito desses dois focos, o modelo de negócio é verticalmente integrado, compreendendo o registro, o depósito (ou custódia), a negociação eletrônica (ou registro de negócios de balcão), a gestão de garantias, compensação e liquidação de mais de 50 diferentes tipos de ativos. Inclui-se, dentre eles, CDB, CDI, CCB, debêntures, notas comerciais, títulos do agronegócio, instrumentos do mercado imobiliário, letras financeiras, instrumentos de securitização e várias espécies de derivativos de balcão, tais como swap, swap de fluxo de caixa, swap com reset, contratos a termo de moeda, mercadorias e índices, opções flexíveis e derivativos estruturados.

    Na Unidade de Financiamentos (antiga GRV Solutions), a atuação consiste no segmento de crédito ao consumo, mais especificamente no registro de garantias de empréstimos para veículos. Opera oferecendo suporte e padronização nos procedimentos entre provedores de crédito e órgãos de trânsito. O intuito é viabilizar mais segurança e rapidez ao processo de crédito ofertado pelas instituições financeiras, logo minimizando possibilidades de fraudes e reduzindo custos.

    Voltando-nos para o aspecto financeiro da aquisição da GRV Solutions (que gerou a Unidade de Financiamentos), o valor de compra foi de R$ 2,0 bilhões. Cumpre dizer que o ágio (intangível) perfez R$ 1,745 bilhão. O acordo de venda efetuou-se nos seguintes termos:

    (i) R$ 1,0 bilhão à vista, sendo que R$ 900 milhões foram financiados através de emissão de debêntures da CETIP (não conversíveis), com prazo de sete anos, contemplando carência de dois anos, vencendo-se em 2017 e remuneradas a CDI + 2% a.a.. Afora isso, R$ 100 milhões foram provenientes do caixa da CETIP;

    (ii) R$ 555 milhões pagos aos ex-acionistas da GRV Solutions em três prestações iguais, corrigidas por IGP-M + 2,0% a.a., vencidas em dezembro de 2011, dezembro de 2012 e maio de 2013.

    (iii) R$ 445 milhões em emissão de novas ações (23.485.202 ações ordinárias), cujos adquirentes foram os ex-controladores da GRV Solutions, envolvendo uma ampliação no número de ações da CETIP em 9,0%. A aquisição da GRV foi aprovada em 29 de dezembro de 2010 em AGE.

    Tudo calculado, em 2014 a dívida bruta da CETIP de curto e longo prazo (debêntures e arrendamentos financeiros) totalizava R$ 789,4 milhões, enquanto o endividamento líquido era de R$ 124,2 milhões, o que perfaz uma relação de dívida líquida/Ebitda de 0,2x – bem confortável.

    Num resumo do que foi exposto até aqui, ressaltamos que a CETIP passou a operar de forma alavancada a partir de dezembro de 2010, cujo debt/equity em 2014 atingiu 42%/58%, frisando-se que antes de 2010 não existia dívida onerosa. Mas, em contrapartida, diversificou a pauta de receitas e ampliou a geração interna de caixa (Ebitda). Mais adiante pode-se observar duas tabelas. A primeira ressalta o mix de serviços em sua pauta de receita, exemplificando o que foi assinalado. A segunda mostra a trajetória de lucro líquido e Ebitda.

    Porém, antes de passarmos para as tabelas, cumpre dizer que a diferença entre o lucro ajustado (R$ 563,3 milhões) e o lucro líquido contábil (R$ 427,1 milhões), auferido pela CETIP em 2014, trata-se de amortização de intangível pela aquisição da GRV Solutions (R$ 51,9 milhões), impacto fiscal da amortização do ágio (R$ 68,3 milhões) e despesa com remuneração em ações decorrente do programa de stock options (R$ 16,0 milhões). Em 2013 também há os efeitos dessas mesmas rubricas, que explicam a diferença entre o lucro líquido contábil e o ajustado. A segunda tabela é auto-explicativa nesse sentido.

    Conforme verifica-se na primeira tabela, a Receita Bruta de Serviços perfez R$ 1.222,9 milhões em 2014, com crescimento de 13,8%. A Unidade de Títulos e Valores Mobiliários gerou receita de R$ 786,6 milhões, avançando 14,0%, enquanto a Unidade de Financiamentos alcançou R$ 436,2 milhões, crescendo 13,6%.

    Na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários destacou-se o segmento de custódia (+24,1%), além do segmento de transações (12,8%), com ênfase em letras financeiras, títulos do agronegócio e instrumentos do mercado imobiliário.

    Já na Unidade de Financiamentos, conforme dito, em 2014 a receita bruta cresceu 13,6%, reflexo da expansão de 21,1% no Sistema de Registro de Operações Financeiras (Sircof), bem como market data e desenvolvimento de soluções (+44,7%). Por outro lado, o segmento de Sistema Nacional de Gravames (SNG) registrou uma taxa de 0,3%, impactada pela retração no volume de veículos financiados.

    Em termos de perspectivas, diríamos que a economia brasileira segue com fraca atividade, cuja expectativa do PIB para 2015 é de queda de 1,0%. Já as operações de crédito do Sistema vêm mostrando desaceleração, frisando-se que a taxa de crescimento em 2012 foi de 16,5%, 2013 14,5% e 2014 11,3%. Nossas expectativas são de que em 2015 alcance taxa de 8%, dados os efeitos ascendentes projetados para a SELIC, cuja expectativa da Consultoria para dezembro de 2015 é de 13,0% a.a.. Mas a eficiência operacional da CETIP, relevantes participações de mercado e a forte geração de caixa são trunfos importantes com o fito de enfrentar períodos adversos.

    Por fim, em 09 de março último, segundo matéria do Jornal Valor Econômico, o nome da GRV Solutions surgiu nas investigações da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, após denúncia do doleiro Alberto Youssef “de que o convênio firmado entre o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Fenaseg no sistema de gravames teria envolvido o pagamento de R$ 20 milhões em propina”.

    Pois bem. Em resposta ao Ofício determinado pela CVM, a CETIP frisa que “nunca realizou, de forma direta ou indireta, qualquer pagamento que possa ser relacionado aos fatos relatados, assim como nunca fez qualquer doação a partidos políticos”. A CETIP relata que os atos supostamente praticados pelo antigo acionista da GRV teriam ocorrido em 2008, antes da aquisição da companhia, fechada em dezembro de 2010.

    A CETIP ainda alega que o fato não tem vínculo com a Operação Lava-Jato. Interpreta-se daí que seja por causa das informações dessa parte do depoimento de Youssef não ter conexão com fatos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras. O caso foi enviado ao Tribunal Regional Federal da 1 ª Região (TRF-1 ), pois os supostos envolvidos não têm foro privilegiado, que seria no STF.

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  10. Cetip: Resultado do 4T14 em linha com o esperado.

    A receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários UTVM apresentou crescimento de 14,1%, devido ao aumento das receitas de custódia (+27,2%), de
    transações (+25%) e de utilização mensal (+10,7%), porém, vale destacar que houve queda das receitas de registro (-5,5%) e outras receitas de serviços (-3,8%). A
    receita bruta da Unidade de Financiamentos UFIN apresentou incremento de 15,1% YoY, em razão do aumento das receitas com o Sircof (+28,7%), market data e
    desenvolvimento de soluções (+26,3%) e SNG (+2,3%).
    Vale ressaltar que as receitas de registro apresentaram redução de 5,5%: (a) receitas com registro de renda fixa (-0,1%), e em maior escala da queda da receita de
    outros serviços de registro (-46,3%), e apesar do aumento das receitas com registro de derivativos de balcão e operações estruturadas (+21,9%).
    EBITDA ajustado somou R$ 185,1 MM no 4T14, 10,1% superior YoY, devido a melhora e crescimento do top line, e 1% menor QoQ, devido ao aumento das
    despesas operacionais.
    Margem de EBITDA ajustado atingiu 68,2% no 4T14, 1,2 p.p. inferior ao 4T13 e 3,9 p.p. abaixo do 3T14.
    Lucro líquido da Cetip atingiu R$ 149,9 MM no 4T14, com crescimento de 4,3% QoQ e 14,6% YoY
    Capex atingiu R$ 59,9 MM e o fluxo de caixa das atividades de financiamento totalizou R$ 321,8 MM.
    Dívida Líquida atingiu R$ 124,2 MM no final do 4T14, queda de R$ 105,7 MM YoY. Net Debt / Ebitda ajustado era de 0,2x ao final de 2014.
    A geração operacional de caixa totalizou R$ 199,6 MM no 4T14, 2,7% maior QoQ e 9,3% YoY.
    Dividendos em 2014 somaram R$ 363,1 MM, um pay out de 85%, maior do que o pay out de 75% de 2013.
    Recompra de ações – Dia 04/03/2015 a companhia aprovou um programa de recompra de ações para compra de até 5,4 MM de ações ou 2,13% do total em
    circulação.

    Resultado em linha com o esperado, reiteramos a nossa visão positiva com o ativo, devido ao seu modelo operacional simples, barreiras à entrada relevantes,
    margens elevadas/estáveis e direcionamentos de resultados mais resistentes com relação a dinâmica de desaceleração doméstica. Aliado a isso, ativo negocia a
    17x P/E 2015E e tem um yield projetado na casa de 5%, fora a recompra de ações.

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    1. Cetip divulga resultado do 4T14

      A Cetip divulgou o seu resultado corporativo do 4T14, quando registrou lucro líquido contábil de R$ 117,6 milhões, alta de 22,4% frente ao mesmo intervalo de 2013. Na mesma base de comparação, a receita líquida avançou 4,7%, para R$ 271,5 milhões, enquanto o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 11,1%, para R$ 181,2 milhões.

      Considerando todo o exercício de 2014, o lucro líquido cresceu 18,3%, ao passar de R$ 361 milhões para R$ 427,1 milhões. Também neste tipo de confronto, a receita líquida cresceu 11,8%, para R$ 1,02 bilhão, enquanto o EBITDA avançou 10,8%, para R$ 699,9 milhões

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  11. + Cetip: Uma de nossas Vacas Leiteiras, Cetip é conhecida por proporcionar um bom
    retorno via dividendos (yield de 5,1% projetado para 2015), fruto da combinação de
    forte geração de caixa, baixo endividamento e baixa necessidade de capex. Mas vai
    além, com uma série de inovações em produtos que devem impulsionar as taxas de
    crescimento dos resultados ao longo do ano – em especial, os COEs (Certificados de
    Operações Estruturadas), oferecidos sobretudo aos clientes private, mas que agora
    passam a ser empacotados para chegar aos demais consumidores também. São duas
    unidades de negócio na empresa: i) registro, custódia e liquidação de títulos e valores
    mobiliários, e ii) financiamentos, não através de concessão de empréstimos, mas via
    legitimação de contratos e garantias que dão lastro ao mercado de financiamento
    (por ora, apenas de veículos, mas está entrando no financiamento imobiliário
    também). Em ambas unidades, Cetip é monopolista e trata-se de um negócio com
    fortes barreiras de entrada, tanto tecnológicas como comerciais. E o que é melhor, a
    14x lucros, CTIP3 ainda negocia barato.

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  12. DESTAQUES

    LL 143M +11,6% x 3T13

     Receita bruta total de R$ 313,6 milhões no 3T14, com crescimento de 15,3% em relação ao 3T13 e de 7,3%
    em comparação ao 2T14;
     Receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários de R$ 201,7 milhões no 3T14, 15,5% superior ao
    3T13 e 6,0% acima do 2T14;
     Receita bruta da Unidade de Financiamentos de R$ 111,9 milhões no 3T14, 15,0% acima do 3T13 e 9,7%
    maior do que no 2T14;
     Receita líquida de R$ 258,8 milhões no 3T14, 12,5% superior ao 3T13 e 6,3% acima do 2T14;
     EBITDA ajustado de R$ 186,4 milhões no 3T14, com expansão de 11,6% em relação ao 3T13 e de 8,3% em
    comparação ao 2T14;
     Lucro líquido ajustado de R$ 143,4 milhões no 3T14, 11,6% superior ao 3T13 e 6,4% maior do que no 2T14;
     Concluído o refinanciamento da dívida, através da 2ª emissão de debêntures simples da Companhia, no valor
    de R$ 500,0 milhões, e da contratação de empréstimo bilateral no exterior no valor de US$ 100,0 milhões

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    1. (+) Cetip (CTIP3): Expansão consistente, conforme o esperado.
      Receita líquida de R$ 258,8 milhões no 3T14, 12,5% superior ao 3T13 e 6,3% acima do 2T14.
      Receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários de R$ 201,7 milhões no 3T14, 15,5% superior ao 3T13 e 6,0% acima do 2T14.
      Receita bruta da Unidade de Financiamentos de R$ 111,9 milhões no 3T14, 15,0% acima do 3T13 e 9,7% maior do que no 2T14.
      EBITDA ajustado de R$ 186,4 milhões no 3T14, com expansão de 11,6% em relação ao 3T13 e de 8,3% em comparação ao 2T14.
      Lucro líquido recorrente de R$ 108 milhões no 3T14, 16% superior ao 3T13 e 9% maior do que no 2T14

      A geração operacional de caixa totalizou R$ 194,3 milhões no 3T14, montante 4,1% maior do que aquele registrado no 2T14 e 5,3% superior ao 3T13 (antes do
      pagamento de impostos e antes aplicação do excedente de caixa). O endividamento líquido da Companhia era de R$ 169,7 milhões em 30 de setembro, com
      queda de R$ 38,1 milhões em relação ao fim do 2T14. A relação dívida líquida sobre EBITDA ajustado acumulado em 12 meses era de 0,2 vezes ao final do 3T14
      (praticamente caixa líquido), e o índice de alavancagem financeira (dívida líquida / total do capital) era de 9,1%. A distribuição total de proventos relativos ao
      3T14 atingirá R$ 81,1 milhões, equivalentes a 75,0% do resultado do período (com perspectiva de elevação marginal para 2015). Continuamos recomendando
      exposição ao ativo, devido ao seu modelo operacional simples, barreiras a entrada relevantes, margens elevadas/estáveis e direcionamentos de resultados
      mais resistentes com relação a dinâmica de desaceleração doméstica

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    2. Fechou 3T14 tendo registrado lucro líquido R$ 108,1 milhões, com avanço de 15,7%, em relação ao 3T13. Já no acumulado dos 9M14 o lucro líquido fora de R$ 307,6 milhões, contra R$ 264,7 milhões nos 9M13 (+16,2%), em linha com nossas expectativas. Antes de comentarmos o desempenho, vale discorrermos sobre suas principais características, seja para entendermos os efeitos da relevante aquisição efetuada no final de 2010, seja para vislumbrarmos o potencial de negócios no médio prazo, que, no limite, tem como principal driver as expectativas de crescimento de crédito no País.

      Com efeito, em dezembro de 2010 adquiriu a GRV Solutions, cuja característica financeira da operação será detalhada adiante. Em termos societários, ao incorporá-la agregou um importante negócio, ampliando o leque de atuação. A partir daí, em termos gerenciais, foram criadas duas unidades de negócios. A primeira, contemplando os negócios de origem, denominou-se Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, que engloba o mercado de custódia e registros de títulos, sendo responsável por 64,3% da receita bruta da CETIP no 3T14. A segunda, denominada Unidade de Financiamentos, decorre da aquisição citada e responde pelos restantes 35,7% da receita bruta.

      Na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários, mais especificamente no segmento de custódia, é importante citar que a CETIP detém 97% dos ativos privados de renda fixa do País. O segundo foco diz respeito aos registros de derivativos, sendo responsável por 75% do valor nacional de balcão. A CETIP concorre com a BM&F Bovespa, que detém as restantes participações de mercado. No âmbito desses dois focos, o modelo de negócio é verticalmente integrado, compreendendo o registro, o depósito (ou custódia), a negociação eletrônica (ou registro de negócios de balcão), a gestão de garantias, compensação e liquidação de mais de 50 diferentes tipos de ativos. Inclui-se, dentre eles, CDB, CDI, CCB, debêntures, notas comerciais, títulos do agronegócio, instrumentos do mercado imobiliário, letras financeiras, instrumentos de securitização e várias espécies de derivativos de balcão, tais como swap, swap de fluxo de caixa, swap com reset, contratos a termo de moeda, mercadorias e índices, opções flexíveis e derivativos estruturados.

      Na Unidade de Financiamentos (antiga GRV Solutions), a atuação consiste no segmento de crédito ao consumo, mais especificamente no processamento e custódia das informações de transações de financiamento de veículos. Opera oferecendo suporte e padronização nos procedimentos entre provedores de crédito e órgãos de trânsito. O intuito é viabilizar mais segurança e rapidez ao processo de crédito ofertado pelas instituições financeiras, logo minimizando possibilidades de fraudes e reduzindo custos.

      Voltando-nos para o aspecto financeiro da aquisição da GRV Solutions (que gerou a Unidade de Financiamentos), o valor de compra foi de R$ 2,0 bilhões. Cumpre dizer que o ágio (intangível) perfez R$ 1,745 bilhão. O acordo de venda efetuou-se nos seguintes termos:

      (i) R$ 1,0 bilhão à vista, sendo que R$ 900 milhões foram financiados através de emissão de debêntures da CETIP (não conversíveis), com prazo de sete anos, contemplando carência de dois anos, vencendo-se em 2017 e remuneradas a CDI + 2% a.a.. Afora isso, R$ 100 milhões foram provenientes do caixa da CETIP;

      (ii) R$ 555 milhões pagos aos ex-acionistas da GRV Solutions em três prestações iguais, corrigidas por IGP-M + 2,0% a.a., vencidas em dezembro de 2011, dezembro de 2012 e maio de 2013;

      (iii) R$ 445 milhões em emissão de novas ações (23.485.202 ações ordinárias), cujos adquirentes foram os ex-controladores da GRV Solutions, envolvendo uma ampliação no número de ações da CETIP em 9,0%. A aquisição da GRV foi aprovada em 29 de dezembro de 2010 em AGE.

      Tudo calculado, no 3T14 a dívida bruta da CETIP de curto e longo prazo (debêntures e arrendamentos financeiros) totalizava R$ 754,1 milhões, enquanto seu endividamento líquido era de R$ 169,7 milhões, o que perfaz uma relação de dívida líquida/Ebitda de apenas 0,3x ? bem confortável.

      Num resumo do que foi exposto até aqui, ressaltamos que a CETIP passou a operar de forma alavancada a partir de dezembro de 2010, cujo debt/equity no 3T14 atingiu 40%/60%, frisando-se que antes de 2010 não existia dívida onerosa. Mas, em contrapartida, diversificou a pauta de receitas e ampliou a geração interna de caixa (Ebitda). Mais adiante pode-se observar duas tabelas. A primeira ressalta o mix de serviços em sua pauta de receita, demonstrando o que foi assinalado. A segunda mostra a trajetória de lucro líquido e Ebitda.

      Porém, antes de passarmos para as tabelas, cumpre dizer que a diferença entre o lucro ajustado (R$ 143,4 milhões) e o lucro líquido contábil (R$ 108,1 milhões), auferido pela CETIP no 3T14, trata-se de amortização de intangível pela aquisição da GRV Solutions (R$ 13,0 milhões), impacto fiscal da amortização do ágio (R$ 17,7 milhões) e despesa com remuneração em ações decorrente do programa de stock options (R$ 4,5 milhões). Nos períodos comparativos também há os efeitos dessas mesmas rubricas, que explicam a diferença entre o lucro líquido contábil e o ajustado. A segunda tabela é auto-explicativa nesse sentido.

      Conforme verifica-se na primeira tabela, a Receita Bruta de Serviços perfez R$ 313,6 milhões no 3T14, com crescimento de 15,3%, ante o 3T13. A Unidade de Títulos e Valores Mobiliários gerou receita de R$ 201,7 milhões, avançando, 15,5%, enquanto a Unidade de Financiamentos alcançou R$ 111,9 milhões, crescendo 15,0%.

      Na Unidade de Títulos e Valores Mobiliários destacou-se o segmento de custódia (+23,0%), além do segmento de transações (20,6%), com ênfase em letras financeiras, títulos do agronegócio e instrumentos do mercado imobiliário.

      Já na Unidade de Financiamentos, conforme dito, no 3T14 a receita bruta cresceu 15,0% em relação ao 3T13, reflexo da expansão de 21,6% no Sistema de Registro de Operações Financeiras (Sircof), bem como market data e desenvolvimento de soluções (+56,4%). Por outro lado, o segmento de Sistema Nacional de Gravames (SNG) registrou uma queda de 0,4%, impactada pela retração no volume de veículos financiados.

      Caminhando para a conclusão, diríamos que a economia brasileira segue num ritmo de baixo crescimento, com expectativa de evolução do PIB para 2014 de apenas 0,2% e para 2015 de 0,8%. Já as operações de crédito do Sistema vêm mostrando desaceleração, frisando-se que a taxa de crescimento em 2012 foi de 16,5%, 2013 14,5% e nos últimos doze meses findos em outubro de 2014 12,2%. Nossas expectativas são de que 2014 alcance taxa de 12% e para 2015 11%, dados os efeitos projetados para a SELIC, cuja expectativa da Consultoria para dezembro de 2015 é de 12,5% a.a..

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  13. AVISO AOS ACIONISTAS
    Pagamento de Juros sobre Capital Próprio referentes ao 3º Trimestre de 2014

    Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2014 – A Cetip S.A. – Mercados Organizados (“Cetip”, “Companhia”) (BM&FBOVESPA: CTIP3), a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina, a maior câmara de ativos privados do país e a companhia líder na prestação de serviços de entrega eletrônica das informações necessárias para o registro de contratos e anotações dos gravames pelos órgãos de trânsito, vem a público informar que foi aprovado, em Reunião do Conselho de Administração realizada nesta data, o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) referentes ao 3º trimestre de 2014, conforme informações abaixo:

    Valores a serem pagos a título de JCP:
    Valor total bruto: R$ 19.984.036,21
    Valor bruto por ação ON(1): R$ 0,0763469772
    Valor líquido por ação ON : R$ 0,0648949307
    Data do pagamento: 10/11/2014
    (1) Para os acionistas sujeitos à retenção do IR na fonte.

    O crédito e pagamento estarão sujeitos às seguintes condições:

    – O crédito correspondente será efetuado nos registros contábeis da Companhia em 30/09/2014, de forma individualizada a cada acionista, com base nas posições acionárias existentes no fechamento do pregão da BM&FBOVESPA do dia 23/09/2014 (record date);

    – As ações da Companhia passarão a ser negociadas ex-Juros sobre Capital Próprio a partir de 24/09/2014 (ex-date);

    – O pagamento correspondente será efetuado, em 10/11/2014, na conta bancária indicada pelo acionista no seu cadastro junto ao Banco Bradesco, instituição depositária das ações. Os acionistas, cujos cadastros não estejam atualizados, receberão por correspondência o “Aviso para Recebimento de Ações Escriturais”, e deverão se apresentar em uma agência do Banco Bradesco munidos do aviso e documentos pessoais de identificação (CPF e RG). Caso não recebam o aviso, deverão se dirigir a uma agência do Banco Bradesco para atualizar os dados cadastrais;

    http://ri.cetip.com.br/default_pt.asp?idioma=0&conta=28

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  14. DESTAQUES 2T14

    LL +5,4% 2T13
     Receita bruta total de R$ 292,3 milhões no 2T14, com crescimento de 8,0% em relação ao 2T13 e de 1,7%
    em comparação ao 1T14;
     Receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários de R$ 190,3 milhões no 2T14, 8,5% superior ao
    2T13 e 2,4% acima do 1T14;
     Receita bruta da Unidade de Financiamentos de R$ 102,1 milhões no 2T14, 7,2% acima do 2T13 e 0,3%
    maior do que o 1T14, apesar da retração de 1,0% na quantidade de veículos financiados;
     Receita líquida de R$ 243,5 milhões no 2T14, 6,4% superior ao 2T13 e 1,8% acima do 1T14;
     EBITDA ajustado de R$ 172,1 milhões no 2T14, com expansão de 2,9% em relação ao 2T13 e de 2,1% em
    comparação ao 1T14; e
     Lucro líquido ajustado de R$ 134,8 milhões no 2T14, 5,4% superior ao 2T13 e 1,1% maior que no 1T14.

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    1. Apesar da performance extraordinária em
      termos de valorização (+32% YTD), a
      instituição sofreu ligeira redução de seu
      ritmo de crescimento, em função de fatores
      como a reduzida expansão/apetite das
      instituições financeiras privadas por
      captação para conceder crédito e baixas
      perspectivas para o financiamento de
      automóveis (Gravames/SNG/Sircof). Porém o
      grupo continua com perspectiva atrativa, em meio ao processo de redução de seu nível de endividamento, elevação da possibilidade de pagamento de
      proventos e modelo operacional mais favorável/conservador. O ativo deveria ser uma escolha racional para uma performance superior ao mercado, excluindo
      aspectos/ambiente político incerto e eufórico que estão sendo observados. Neste sentido, consideramos a instituição atrativa, mas não possuímos exposição
      direta ao ativo. Em parte, devido a significativa elevação de valor ao longo do ano.

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